19/01/2006
Em mais de 30 anos de carreira, passei por várias situações engraçadas e inesquecíveis.
Separei 3 "causos", como diria Rolando Boldrin, pra contar aqui.
1 - Eu tocava na orquestra do Palladium, sob a direção musical do maestro José Briamonte e direção artística de Abelardo Figueiredo. Era uma casa de shows que tinha dentro do shopping Eldorado. Nesse episódio, eu estava tocando a música "Help", dos Beatles, num arranjo bem rock and roll, com a cantora Dada Ciryno. O palco era enorme e todo branquinho, com muitos bailarinos em cena. A orquestra ficava num poço ao lado do palco. De repente, uma barata "cheia de saúde" apareceu no meio dos bailarinos, dançando. Eles, os bailarinos, tentavam chutá-la pra lá e pra cá. A barata parecia um frango de tão grande (rs). Pra sair daquela confusão, ela resolveu vir correndo para o poço da orquestra. Eu era o primeiro músico que ficava ao lado do palco. Quando vi aquele "frango-barata" correndo pra cima de mim, não tive dúvida: soltei a correia da guitarra, larguei-a no chão e corri para o camarim (rs). Eu estava no meio de um solo, cheio de distorção e efeitos. A guitarra ficou apitando, fazendo qualquer som e tiveram que desligar o amplificador da tomada (rs). E pra voltar para aquele poço escuro depois, com aquele monstro lá? Nossa! (rs.)
2- Outra situação inesquecível foi um grande show que fiz com um cantor espanhol, o Manolo Otero, na inauguração de um cemitério israelita em Santos. (Rs.) Nenhum músico queria ficar no camarim.
3 – Em outro show, cantei com o Waldick Soriano em um comício na cidade de Assis (não me lembro o ano). Foi uma loucura! O Waldick ficava num caminhão junto com o prefeito, do outro lado da avenida, que era muito larga e distante. E a banda, ficava “lá longe”, num outro caminhão. Quando os músicos acabavam de tocar a música ele ainda estava cantando (rs) - o atraso do som era muito grande (rs). Parecia que estávamos em dois planetas muito distantes (rs). Só vendo pra crer!