17/11/2005
Sérgio Mendes é sinônimo de sucesso e música brasileira. Compositor, arranjador e pianista, ele foi um dos pioneiros músicos brasileiros a ter reconhecido sucesso nos EUA, Europa e Ásia.
Em 1964, recebeu elogios de Tom Jobim como: “Sérgio Mendes é um tremendo, um extraordinário músico”, tornando-se exemplo e referência para gerações de instrumentistas seguintes.
Pouco antes, em 1962, tinha aberto o histórico Bossa-Nova no Carnegie Hall com seu sexteto BOSSA RIO: Sérgio Mendes (piano), Durval Ferreira (violão), Octávio Bailly, Jr. (baixo), Dom Um Romão (bateria), Pedro Paulo (piston), e Paulo Moura (sax). E, arrasaram tocando Batida diferente e Samba de uma nota só!
Na noite seguinte, embalado pelo superelogio do New York Times, Sérgio foi com seu grupo ao show do Cannonball Adderley, no Birdland, santuário do jazz. Na platéia, Miles Davis e John Coltrane. Sérgio Mendes foi convidado para uma canja e, pela primeira vez, pôde-se perceber aonde a mistura da música brasileira com o jazz poderia chegar.
De volta ao Brasil da ditadura, Sérgio Mendes foi preso por causa de um telegrama interceptado pela polícia, em que ele falava sobre o filho recém-nascido!!! Chocado com a burrice e violência da experiência vivida, resolveu embarcar de vez para os EUA.
Lá, investiu em sua carreira chegando a tocar de graça por muito tempo nos clubes de Los Angeles.
Em busca do sucesso, Sérgio Mendes “mudou” seu som radicalmente. Contratou duas cantoras desconhecidas e, com sabor de música brasileira, misturando samba com bossa nova, colocou em seu repertório músicas dos Beatles, Burt Bacharach, Henri Mancini e outros.
Logo assinou contrato com uma gravadora, e com freqüência participava dos programas de TV de Bob Hope, Fred Astaire, Jerry Lewis e Danny Kaye. As vendas dos discos dispararam, chegando muito rapidamente à mágica marca de um milhão de cópias vendidas.
Fez sucesso internacional com a música Mas que nada, de Jorge Ben, que virou sua marca registrada, tocando nas rádios AMs e FMs do mundo todo.
Depois de quatro indicações ao Grammy (o Oscar da música), Sérgio Mendes acabou por conquistá-lo na categoria World Music, com o disco Brasileiro, em 1993.
A partir daí, foi colecionando discos de ouro, ultrapassando a marca de 15 milhões de discos vendidos. Fez duas turnês com Frank Sinatra, que se tornou seu amigo pessoal.
Uma curiosidade: o último grande terremoto de Los Angeles destruiu sua casa e o estúdio que foi construído por um marceneiro muito especial, o então ainda aspirante a ator Harrison Ford.
Sérgio Mendes é sinônimo de sucesso e música brasileira. Que bonito!
Ouçam seus discos maravilhosos, que sempre têm a companhia de músicos excelentes.