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Agito Cultural

Músico Acompanhante Neste artigo vou falar um pouco do “músico-acompanhante”, aquele que acompanha um cantor ou uma cantora ou um músico que acompanha um solista da música instrumental

12/09/2007



Neste artigo vou falar um pouco do “músico-acompanhante”, aquele que acompanha um cantor ou uma cantora ou um músico que acompanha um solista da música instrumental.

Aqui no Brasil instalou-se uma cultura entre os artistas – cantores ou cantoras que, de uma maneira geral e, principalmente por atitude da mídia, ninguém menciona nas entrevistas: quem são os músicos que fazem parte da banda de um determinado show de um artista, como se apenas a “estrela” do show estivesse sozinha no palco.

É comum vermos uma entrevista de página inteira de um artista que estreará um show na cidade, onde o jornalista e o artista (e sua assessoria de imprensa) falam da turnê, das músicas, da roupa, da cenografia, do diretor do show, do patrocínio, dos projetos futuros, do CD e de tantas outras coisas – nem sempre interessantes - mas não falam uma palavra ou frase a respeito dos profissionais que lá estarão acompanhando o artista no palco – são músicos anônimos, cujos instrumentos e histórias ficam também anônimos...

A função dos músicos que acompanham o cantor, como a própria palavra já diz, é a de acompanhar mesmo. Se o cantor errar a música, por exemplo, se era pra fazer 2 vezes a parte A da música e o cantor só fez uma vez e foi para a parte B, os músicos que o acompanham, “têm que errar junto” e “perseguir o artista, se possível, com muita naturalidade”, coisa que só a experiência do músico permite fazer desta forma.

O que menos importa é estar certo ou errado, mas sim, estar junto, tocar junto, fazendo “uma cama” com swing e segurança. Fazer a “cama” na linguagem dos músicos, significa fazer uma boa base para que o solista ou cantor possam desenvolver o solo da música da melhor maneira possível e com conforto pois ninguém consegue dormir bem em cima de uma pedra - é preciso uma boa cama pra sonhar gostoso, não é? - daí, vem o termo “fazer a cama”.

São muitos os músicos que começam suas atividades profissionais acompanhando um ou vários artistas. É uma escola interessante onde o músico não só adquire experiência de palco, mas aprende a acompanhar - fazer uma boa “cama”. Neste trabalho a responsabilidade maior é do artista e não do músico, que muitas vezes, dependendo da estrutura e sucesso do artista, passa a ter uma oportunidade para ganhar um bom dinheiro, investir em equipamentos, se atualizar, estudar e crescer profissionalmente. Essa condição, também possibilita que o músico possa, no futuro, vir a desenvolver sua própria carreira solo e porquê não, também vir a se tornar um grande músico no cenário artístico.

Hermeto Pascoal, por exemplo, quando começou a tocar na noite de São Paulo, acompanhou muitos cantores e, muitos deles o odeiam até hoje pelas “Harmonias” que ele fazia, rs.

Elis Regina, não seria tão especial sem a grande colaboração que teve, por muitos anos, do Cesar Camargo Mariano e de tantos outros grandes músicos que a acompanharam.

Outro dia, assistindo a um vídeo de 1974 de um show na África de BB King, o Rei do Blues, percebi que na banda estava um músico ainda menino, e que hoje é bastante conhecido, Larry Carlton -guitarrista. Num outro show, da Joni Mitchell, a banda era formada por Pat Metheny (guitarra), Jaco Pastorius (Baixo), Michael Brecker (Sax), Lyle Mays (Teclado) e Don Alias (Bateria). Todos, ainda muito novos também.

Quando um cantor se cerca de bons músicos para acompanhá-lo é porque ele sabe que o som vai rolar com swing, segurança e, principalmente, que a banda vai acrescentar muitos detalhes que enriquecerão o próprio trabalho e que ele poderá cantar com conforto e segurança.

Por outro lado, ter uma banda de ótimos músicos, significa que as exigências em termos de condições de trabalho adequadas serão cobradas pelos músicos.

Para os grandes cantores e artistas de verdade, que valorizam a participação dos músicos, fica tudo certo porque compartilham das mesmas exigências.

Mas, para os cantores “meia-boca”, os músicos são sempre um problema, rs.

Tanto os cantores como as cantoras, na sua grande maioria, não sabem tocar um instrumento, nem sequer estudaram música ou canto; poucos sabem em qual tom devem ou cantam as músicas de seu próprio repertório e, ainda estes artistas dependem dos músicos para gravar os CD´s e para fazer os shows.

Alguns programas de TV trazem os artistas para cantar com Playbacks - as bases são ou foram gravadas, pelos músicos, no Studio – em geral, durante os períodos de gravação dos CD´s. Isto é muito feio pra TV que retroalimenta o processo de “empobrecimento” da cultura e é muito feio para o artista que aceita isto!

No ano de 1996 (eu acho), quando fui trabalhar com um cantor no estado do Paraná fazendo “showmício” para uma campanha eleitoral, me deparei com uma situação inédita e que me surpreendeu muito.

Outros dois artistas que chegaram ao hotel para, também fazerem showmício para a campanha, uma cantora e um cantor bastante conhecidos do público, e com quem eu já havia trabalhado, quando me viram no hotel me pediram para que eu tocasse com eles também nos shows, uma vez que a “lei” do estado do Paraná não permitia shows de artistas em campanha eleitoral com playbacks. Eu achei isso maravilhoso, primeiro mundo!

Então, eu disse que poderia fazer os shows sim, desde que eles pagassem um cachê justo para os músicos. Como isso não estava orçado, eles tiveram que pegar o avião de volta para São Paulo. Moral da história: um cantor sozinho não faz nada e dois cantores sozinhos, também não fazem nada rs.

Um ou mais, bons profissionais, seja cantor ou cantora, com ética, respeito e qualidade, se tornam artistas de verdade, fazem acontecer, a Alegria, a Música e um Show de Ética!


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