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Agito Cultural

Entrevista Demma K. 1- Você também faz músicas para o teatro, como se dá o processo de composição para esta área tão específica?Entrei na área de trilhas teatrais no começo dos anos 90 - tocava guitarra num grupo de rock performático chamado Kibe Kru e, a maioria dos integrantes eram também atores e, por isso, ligados em teatro

01/11/2006



1- Você também faz músicas para o teatro, como se dá o processo de composição para esta área tão específica?
Entrei na área de trilhas teatrais no começo dos anos 90 - tocava guitarra num grupo de rock performático chamado Kibe Kru e, a maioria dos integrantes eram também atores e, por isso, ligados em teatro. O 1º convite veio do Edinho Amorim - engenheiro de som do grupo - que me convidou a fazer uma trilha para um grande espetáculo a ser apresentado em praça pública em Santo André. Adorei minha estréia e o que fiz foi bem elogiado. Depois disso, foram muitas outras trilhas, mais de 50.
Cheguei a trabalhar com grandes nomes como Hamilton Saraiva, Jacques Lagoa, Adriano Stuart, Débora Duarte, Rubens Pignatari, entre outros. O teatro traz um elemento importante na composição musical: a metalinguagem, quando nós temos que saber ilustrar e representar com sons as situações vividas no palco, ou seja, saber fazer músicas alegres, tristes ou de suspense, por exemplo.
Isso se reflete, no lado instrumental, em saber criar, com grande diversidade, climas e texturas e, é por isso, que sempre pesquiso formações, timbres e instrumentações diferentes para as minhas composições.
As aulas de arranjo, composição e contraponto que fiz deram uma grande base para isso.
Na maioria das vezes esse é o virtuosismo em música de teatro e cinema. Para chegar em resultados interessantes é necessário ter essa química musical e conhecer profundamente sons das escalas, acordes e ritmos musicais.

2- Como professor de música, o que você tem a dizer para esta nova geração de garotos que pensam em ser músicos?
Acho que nessa nova geração de estudantes existem garotos muito talentosos. Hoje, diferente de mim e muitos outros músicos, que não tivemos acesso a muitos recursos, esta geração conta com muitas facilidades e acessos - eles têm a Internet.
Uma coisa que é importante saber é que os resultados sólidos, em música, são decorrentes da soma de muitos anos de estudo, prática e muita perseverança, nada relacionado com os prazeres efêmeros que desfrutamos hoje tais como fast food. Isso pode ser comparado com escolas e professores que oferecem cursos mágicos e muito rápidos.
Vamos observar algo interessante: Bach teve menos recursos que Mozart e Beethoven e, mesmo nesta época, na qual nem a eletricidade existia, esses caras criaram obras extensas, para as mais variadas aplicações.
Já, bem mais à frente, Charlie Parker, Coltrane, Wes Montgomery, Beatles e Hendrix tinham dificuldades em, por exemplo, gravar um demo em casa. Hoje isso é muito simples de solução, considerando os sistemas de gravação em hard disc. Entretanto, entre músicos mais antigos, havia distinção sonora e, ao ouví-los, sabíamos quem tocava.
A qualidade da música produzida em casa nos computadores atuais caiu muito, existe uma melhoria do registro dos sons, mas há uma grande falta de personalidade e identidade dos músicos e todos soam muito parecidos.
Os obstáculos só fortalecem o desafiante, portanto, não desista nunca de seu sonho, pois ele é único e tem que se realizar, não importa o tempo que demore. Lembre, depois que se começa o estudo da música, você só vai parar quando morrer.

3- Escrever para revistas especializadas em música de todo o país, envolve responsabilidade, bom senso e, de certa maneira, até um certo "poder". Você percebe desta forma? Qual o fator mais gratificante dessas oportunidades? Existe algum inconveniente?
Acho que todo músico deveria dar uma hora do seu dia em prol de nossa classe e de um futuro melhor para todos. Ajudar de alguma forma, através de uma mídia séria, é como regar a horta que vai compor a sua refeição de amanhã.
Quando você está escrevendo algo, para milhares de pessoas, é preciso ter não só o conhecimento mais amplo possível, mas ser e estar consciente, de que o que você vai falar, poderá estar influenciando milhares de pessoas que vierem a ler.
Acabei entrando neste mercado em 1987 quando escrevia para o Fanzine ON & OFF, que virou a revista Dynamite e acabei impulsionado pela minha curiosidade.
O lado mais gratificante, nesta história, foi ter assistido muitos shows e ter chegado bem perto de grandes ídolos nossos tais como Pat Martino, Scott Henderson, John Scofield, Robben Ford, Robert Cray, Joe Satriani entre centenas de entrevistas e matérias que fiz.
Um outro lado bom é que isso desmistifica o aspecto de seres imortais dos nossos ídolos e nos ensina que todos eles passaram pelas mesmas dificuldades e que também batalharam muito para superá-las e, talvez, por isso, têm o reconhecimento de todos nós.
Uma coisa curiosa - olhe para a maioria das revistas de música. Note os anúncios e matérias que saem todos os meses - estão sempre saindo as mesmas caras. Elas não estão lá por acaso ou porque são melhores que ninguém - os melhores músicos são os mais simples e humildes, os que não têm patrocínio de nada e que nunca saem ou que são pouco reportados na mídia, tal como o Hermeto Pascoal, o Toninho Horta ou o Heraldo do Monte.
Se você é repórter, ou editor de alguma mídia, pode se preparar, pois o inconveniente é perceber que o brasileiro, de maneira geral, ainda mostra-se como um povo atrasado (às vezes, até mal-educado). Alguns músicos ficam pedindo para você escrever sobre eles todos os meses.
Isso é injusto, pois estamos no nosso Brasil, um país riquíssimo musicalmente e, por isso, deve haver espaço democrático e oportunidade para mostrarmos todos os talentos - brasileiros músicos, do Norte ao Sul.

4- Como surgiu o seu envolvimento com as artes plásticas? Tem alguma relação com a música?
Nunca fiz nenhuma aula de pintura, mas descobri coisas maravilhosas para minha música assim. Tudo surgiu ... para me distrair, no fim de um relacionamento confuso, fui visitar uma amiga que é artista plástica. Quando estava lá fazendo “nada” ela me disse: pegue uns pincéis e vá se distrair." Fiz um desenho que, para mim, não “passava de qualquer coisa”, mas ela me elogiou dizendo que eu havia conseguido concluir uma idéia, que havia equilíbrio e, também que havia contraste entre as formas e cores. Depois deste, fiz outro, e mais outro e não parei mais. E, acabei descobrindo que há uma forte relação entre as demais artes e a música. Existem, por exemplo, elementos iguais, mas que se manifestam em vertentes diferentes, tais como a forma, a textura, o equilíbrio e a estética.
A música pode dar muitas idéias para as cores e, vice-versa. Acho que isso enriquece qualquer pessoa, tornando-o mais culto e, naturalmente, a partir de um melhor nível cultural, sua música vai se tornar mais evoluída e interessante.

Alguns dos quadros que fiz já foram até parar no exterior. Alguns já saíram no calendário “Elixir” - América Latina, entre outras coisas.

5- Fale um pouco dos seus projetos futuros, shows, o lançamento do CD "Entre Cores e Sons"...
O CD acabou demorando mais tempo do que o previsto pra sair - aconteceu contratempos - eu tenho uma vida muito ocupada. A idéia do projeto foi juntar, em composições originais, elementos de música brasileira com sons modernos e inusitados de guitarra e o resultado que obtive está sendo bem elogiado e, isso, pra mim é gratificante.
Neste CD os convidados foram muitos, estando presentes: Swami Jr, Heraldo do Monte, Chico Curzio, Mané Silveira, Rafael Moreira, Michelle Abu, Armando Tibério, Celso Pixinga, Nahame Casseb, Jorge Pena, Bira de Castro, Gabriel Levy, Marcelo Cotarelli, Marcos Ottaviano, Pedro Macedo, Zazá Amorim, DJ Renato Patriarca e Bira Marques.
O lançamento do show estará associado à vernissage de meus quadros - a minha idéia é levar algo mais interessante aos que forem me assistir.
Acabei de fechar com uma produtora e, em breve, ocorrerão os shows. Já, para Janeiro 2007 está prevista uma apresentação do “Guitarras Paulistanas” no Bourbon Street. Fiquem atentos.

6 - Pura curiosidade "Demma K." dá um bom nome de grife (risos) de onde vem? Apelido? Nome Artístico?
Meu nome verdadeiro tem origem grega e é muito complexo, tanto na grafia como na pronúncia, especialmente, para um guitarrista, daí a opção por um nome artístico mais direto. Antes, eu assinava, “Dema K” com um M e, tentando registrar um domínio, foi quando descobri que havia uma fábrica de plásticos com meu nome. E, meu nome escrito com dois Ms, surgiu de uma brincadeira na minha casa, quando algumas amigas começaram a fazer a numerologia dos nomes de alguns amigos... Adicionei um “M”, ficou “Demma K”! Funcionou, pegou, ficou...!

www.demmak.com.br

www.guitarraspaulistanas.com.br


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