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Agito Cultural

Entrevista com Zelão Zelão é meu amigo-irmão das "baladas-granjeiras"

09/09/2005



Zelão é meu amigo-irmão das "baladas-granjeiras". Tenho o prazer de conhecê-lo há mais de 20 anos.
No ano de 84, eu tocava todas as sextas-feiras no bar-restaurante "Weinstube" (queijos e vinhos) da Coca Aires, do Rodolfo, do Zé e da Regina. A casa, muito gostosa, ficava na praça Niso Viana e era, talvez, a única opção para se curtir a noite na Granja Viana naquela época.
Foi aí que conheci o Zelão. Sempre que ele estava disponível, aparecia no "Weinstube" para me atormentar (rs). Louco pra dar uma "canja", sapecava aquelas harmonias que só ele sabe fazer. E eu, ainda um jovem músico, topava aquele desafio tão gostoso de perseguir o raciocínio dele para improvisar muito. Zelão é daqueles músicos ímpares. Um em cada trilhão! Um ouvido de elefante, sensível, muito criativo e dono de um swing que faz qualquer outro músico tocar fácil ao lado dele.
Muitas festas e eventos aconteciam no "Weinstube", sempre com música ao vivo, com músicos diferentes, meus convidados. Invariavelmente, saíamos de lá às sete da manhã.
Alguns anos depois, voltei a encontrar o Zelão no clube Pitangueiras, palco de tantas outras aventuras musicais. Músico excepcional e uma pessoa maravilhosa.
Zelão, cujo nome original é José Luiz Nammur, é casado e granjeiro há 22 anos. Publicitário (coluna RÁDIO AD no jornal Propaganda e Marketing), músico e compositor. Hoje atua como Diretor de Marketing do Portal e Jornal LogWeb www.logweb.com.br.
Em seus arquivos, mais de seis mil composições gravadas e criadas por Zelão. Participou de todos os festivais de música (Excelsior, Record, Globo). Fez direção musical de peças de teatro, dentre elas, “Arena Conta Tiradentes”, como assistente, e “Roda Viva”, em parceria com Carlos Castilho.
Com mais de 200 prêmios em festivais de propaganda, tem entre seus sucessos alguns jingles assinados e gravados por ele, como: Caldo Maggy, Kolynos (O gosto da vitória), Cigarros Ella, Expo-ex exposição do exército, Coca-Cola (versão “Isso é que é”), Gelol (Tropeçou, caiu, machucou... tem que ser Gelol) e muitos, muitos outros. Zelão também fez o Hino Oficial da Copa do Mundo de 1982 ocorrida na Espanha.

1- Fale um pouco do momento da música brasileira quando você começou a tocar. E como era o mercado de trabalho naquele tempo ?
Comecei a tocar no começo dos anos 60 e na época trabalhei em vários barzinhos da moda, como o João Sebastião Bar, O Cambridge, o Barbossinha e outros.
Na época, a música que fervia era a bossa nova em seu começo. Tinha emprego para todos os músicos, tanto que às vezes eu cheguei a tocar em três barzinhos todas as noites.

2- Qual foi o impacto da ditadura no desenvolvimento da cultura brasileira? Na sua avaliação, como ficou o mercado de trabalho para os músicos?
A ditadura causou um grande impacto, porém benéfico, se é que se pode assim dizer, pois fez com que os compositores tivessem que pensar muito antes de fazerem as letras das músicas. Teve gente que até se mandou para não sofrer perseguições da dita cuja.

3- E o papel da jovem guarda nesta história?
A jovem guarda era de um time “meio alienado”. Isto é, eles se preocupavam em fazer musiquinhas que não tinham qualquer conteúdo político e por isso levaram esta época numa boa.

4- Você é um mestre em fazer jingles. Quase sempre, músicas de 30 segundos para comerciais. Você compõe a letra e a música, ou o cliente fornece a letra?
Normalmente sou eu quem faz letra e música. O que recebo da agência de publicidade são as informações do produto para o qual está sendo feita a campanha de comunicação. Às vezes encontro algum bom redator (e isso já me aconteceu) que me ajuda na letra do jingle.

5- Você não é só um grande artista, mas também um grande compositor. Você sente prazer em compor jingles ou, neste caso, é só mais um trabalho?
Para mim é extremamente gratificante compor qualquer tipo de música. Gosto muito de composição. Faço qualquer coisa: rock, bolero, samba etc.

6- Como surgiu a oportunidade de você compor o Hino do Clube Pitangueiras (aliás, maravilhoso)?
O hino do Pitangueiras surgiu de um papo com os fundadores do clube que iriam fazer uma inauguração ali. Comentei com o Julio Pimentel, que era o presidente naquela época, que precisávamos de uma música para o nosso querido Pitanga. Ele falou com a diretoria e todos concordaram que era o momento. Então fiz o hino que, particularmente, acho muito legal.

7- O que você pode dizer para um adolescente que pretende vir a ser um músico profissional?
Para aqueles que desejam seguir a carreira de músico eu só tenho uma coisa a dizer: “Estudem! E estudem muito!”


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