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Agito Cultural

Dom Um e Dom Um Romão foi um dos maiores instrumentistas brasileiros

09/08/2005



Dom Um Romão foi um dos maiores instrumentistas brasileiros. Completaria 80 anos no dia 3 de agosto. Faleceu em 27 de julho de 2005.

Carioca, Dom Um Romão iniciou a carreira no fim da década de 40, tocando em gafieiras, cabarés e rádios. Nos anos 50, integrou o “Copa Trio” e conviveu com os músicos que gerariam a bossa-nova.

Em 1962, Dom Um Romão participou da primeira formação do sexteto Bossa Rio, de Sérgio Mendes, e se apresentou com o conjunto no “Carnegie Hall”, na noite que consagrou a bossa-nova em Nova York.

Foi Dom Um quem levou Elis Regina, em 1964, para cantar nas boates do beco das garrafas, em Copacabana, dando um empurrão decisivo na carreira da ainda desconhecida cantora.

No mesmo ano, o baterista gravou seu primeiro disco solo Dom Um, capítulo importante na história da música instrumental brasileira, em especial do chamado “samba-jazz”.

Ao lado de Edison Machado, Milton Banana, Hélcio Milito, Wilson das Neves e outros, Dom Um Romão firmou um estilo de bateria que atraiu os ouvidos norte-americanos, pois incorporava os andamentos do samba aos movimentos do jazz.

A partir de 1965, solidificou uma longa carreira internacional, tocando com o saxofonista Stan Getz e com brasileiros que se radicaram nos EUA, como Astrud Gilberto, Flora Purim e, na época, Tom Jobim. Participou de Wave e do disco de Tom Jobim com Frank Sinatra. Nos anos 70, integrou um dos mais importantes grupos de jazz-fusion de todos os tempos, o Weather Report, de Wayne Shorter, Jaco Pastorius e Joe Zawinul.

Em 1972, depois de 20 anos sem voltar ao Brasil, Dom Um Romão foi ao Rio de Janeiro fazer um concerto memorável com o Weather Report.

Em 1998, em uma de suas passagens pelo Brasil, tive o privilégio de tocar ao lado de Dom Um Romão. Naquela época, eu e o Zé Eduardo Nazário  na minha opinião, um dos maiores percussionistas e bateristas do mundo  havíamos montado um grupo chamado Os Cinco. Era o Zé na bateria, o Zerró Santos no baixo acústico, Vinícius Dorin com sax e flauta, o Chiquinho Oliveira no trompete e eu na guitarra.

Dom Um foi convidado pela revista Modern Drummer para fazer um workshop sobre bateria e percussão aqui em São Paulo, no teatro da Cultura Inglesa, em Pinheiros. E, claro, não poderiam perder a oportunidade de fazer uma entrevista com ele para a revista. Ninguém melhor do que Zé Nazário (meu parceiro musical há mais de 20 anos) para ir pessoalmente ao Rio, fazer a entrevista com seu “ídolo”. Quando voltou do Rio, ele nos disse: “Vamos tocar com ele!” E, continuou: “Após o workshop de Dom Um, faremos um show”. Lembro-me de que estávamos afinadíssimos e prontos para aquele encontro, pois na época já estávamos tocando por dois anos consecutivos todas as sextas-feiras, numa casa em São Paulo. Mesmo assim, aquele show seria um desafio cheio de responsabilidade e alegria.

Foi um privilégio tocar com uma figura tão especial! Dom Um Romão, aos 72 anos de idade, tocou bateria e percussão (revezando com o Zé Nazário) com a energia e a alegria de um garoto. Mostrou-se calmo e sereno. Tinha a consciência de sua importância para a história da música do mundo. Tocamos samba-jazz de verdade, com a raiz da bossa-nova. Dom Um Romão era um músico menino, cheio de informações e ensinamentos, mas atendeu a todos os presentes no workshop com simplicidade e maestria. O show, que aconteceu sem nenhum ensaio, foi maravilhoso! Sintonia pura  energia que transbordou e contagiou a todos. Um momento inesquecível!!!

A música de Dom Um Romão e sua contribuição como músico para a música brasileira sempre serão eternas.

Nota: alguns dados utilizados vieram da matéria/homenagem de Luiz Fernando Vianna ao Mestre Dom Um, por ocasião de seu falecimento (Folha de São Paulo, 27/07/05).


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