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Walter, um pai Falar sobre o Projeto Âncora jamais será uma redundância.

05/08/2010








Falar sobre o Projeto Âncora jamais será uma redundância. Há quinze anos acolhendo e educando crianças e jovens de famílias carentes num raio de 3km da instituição - o que abrange quatro municípios - Walter Steurer, o pai do projeto, sempre tem algo novo a dividir sobre a riquíssima vivência que essa obra lhe tem proporcionado.



Nosso propósito nesta matéria, tendo em vista a proximidade do Dia dos Pais, foi justamente a de situar a figura do pai no contexto da história das crianças do Projeto, conhecer o que o olhar de Walter captou ao longo desses anos.

Sua conclusão não é feliz, apesar de muito lúcida. Os pais são muito ausentes, não apenas nas reuniões periódicas que o Projeto faz com as famílias, mas nas próprias casas. São as mães a esmagadora maioria dos responsáveis pelos filhos, que quase sempre os criam sozinhas. Algumas têm vários filhos de vários pais diferentes, de relações que nunca perduraram. Walter entende que a mães têm também sua parcela de culpa. Acham que tendo filhos seguram o parceiro, e isso quase nunca acontece. Esse é um problema frequente nas favelas, a mulher sozinha é muito assediada, então ela quer um parceiro para garantir uma posição. E os filhos acabam nascendo sem pai.

Quando a criança entra na instituição, há uma longa conversa com a mãe sobre a criação dos filhos, os valores, a constituição da família. Observa-se que grande parte das mães não tem noção de cidadania. Muitas são domésticas, não são registradas e não reclamam disso. Então, para mostrar a importância de uma situação legal para garantia da própria família, exige-se para a inscrição da criança que a mãe esteja devidamente registrada em seu emprego.

Assim, cuidam não apenas das crianças, mas das famílias também, que em grande parte encontram-se muito desarticuladas e a desestruturação é algo muito sério.

Esse é apenas o cuidado inicial. O Projeto preocupa-se também em evitar que as crianças circulem sozinhas pela rua, oferecendo condução própria para buscá-las e levá-las em casa. A creche, dos 2 aos 5 anos, é a menina dos olhos da instituição, pois entende que é nos primeiros anos da infância que as crianças desenvolvem todo seu potencial. Antes dessa idade, acreditam que devem ficar com a mãe, ter a atenção e o carinho dela. Quando chegam à idade escolar, já saem da creche bem preparadas para enfrentar a mudança. As crianças da creche têm um comportamento totalmente diferente das que entram mais tarde, estão muito mais habilitadas, fica evidente o quanto uma formação bem estruturada faz diferença.

Walter, esse grande pai, diz que para manter os 700 alunos, fazem verdadeiros milagres por lá; todos os finais de ano vem o temor de não conseguir fechar as contas, mas acaba dando certo. Sempre correndo atrás de recursos, faz questão de manter sua gestão com a maior transparência, com todos seus funcionários registrados, um corpo fiel de voluntários, trabalho esse que ele também exerce com a maior satisfação. Aliás, a maior que já teve em termos de exercício profissional.

Em sua ilimitada dedicação, entende que "somos responsáveis por todos, a família humana é uma só família, não temos que nos fechar em condomínios, carros blindados, não podemos ser tão individualistas. A humanidade lentamente está evoluindo, cada um deve fazer sua parte. Temos a obrigação de cuidar dos filhos do mundo."

Em sua própria vivência familiar, Walter conta ter tido uma experiência muito interessante com os 5 filhos. Foi pai com 25 anos e com 60, tem um filho com 46 numa ponta e um de 9 na outra! Quando foi pai pela primeira vez, corria atrás de trabalho, viajava, trabalhava muito para dar tudo para a família, mas hoje reconhece o quanto fez falta um contato maior com os filhos mais velhos por forças das circunstâncias. E agora, com os mais jovens de 13 e 9 anos, seu horizonte é mais focado, bem mais restrito, tornando a relação entre pai e filhos completamente diferente. "A formação é outra", diz, "tomo café da manhã e almoço com eles, levo e busco na escola, saio com eles com o maior prazer do mundo, é outra qualidade!"

Quando perguntamos sobre o que o Projeto Âncora proporciona de tão especial aos seus "filhos", Walter não titubeia: "Eles são amados, queridos, são tratados com carinho, como filhos, se não tem ninho em casa, aqui eles têm um e isso aumenta muito a auto-estima deles. Aqui eles criam asas e podem voar para onde quiserem. O resto, só depende deles!

Por: Maluh Duprat
Fotos: Lígia Vargas


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