17/07/2013
Há pouco mais de 10 dias do fim de julho, algumas famílias já começam a programar a volta às aulas depois de um mês de descanso. Retomar a rotina de uniformes, lanche, levar e buscar na escola - se para os pais é praticamente apenas uma questão logística, para as crianças nem sempre. Algumas têm dificuldades em acostumar-se novamente com a rotina, o que pode refletir até em alguns problemas momentâneos de saúde. Veja como retomar a rotina escolar de maneira mais suave para os pequenos.
Dor de barriga nos primeiros dias de aula pode ser um sintoma de que a criança está demorando a retomar à sua rotina. Às vezes o sintoma aparece ainda nas férias quando começam as primeiras conversas sobre voltar às aulas. Apatia e irritação ao se falar da escola podem ser outras manifestações. Se a manifestação durar apenas alguns dias, dificilmente o problema é grave. Às vezes é apenas o que popularmente se chama de “manha”. Nesse caso é importante conversar com a criança explicando que essa má vontade é passageira e que nem sempre podemos fazer apenas o que nos diverte, que a vida é feita de direitos e obrigações, mostrando o quanto a escola é decisiva no futuro da criança e também o quanto há de divertido lá: encontro com amigos, atividades etc.
Resistência intensa
Quando a resistência é mais longa ou se mostra muito intensa, o aconselhável é investigar o que está acontecendo. Se já algum motivo ou trauma que esteja bloqueando a volta da criança para a escola. O bulling costuma ser o principal motivo. Caso a criança relate ou a mãe perceba algo nesse sentido, procurar a escola é imprescindível.
Mas o problema pode ser em casa também. Cada dia mais as crianças cumprem agendas semelhantes a dos executivos: escola, aula de idiomas, natação, balé, futebol, informática e outras atividades que, dependendo da idade, podem deixa-las exaustas, lembrando que elas precisam de boa parte do dia para brincar.
Nesse caso a volta à escola pode significar a volta à essa rotina estressante. Por isso, rever a agenda também é recomendado pois, às vezes com boa intenção, os próprios pais passam dos limites. Para evitar o choque é importante que na última semana de férias a rotina já vá mudando: dormir e acordar um pouco mais cedo, fazer uma leitura, um jogo de matemática, voltar ao horário das refeições, lavar a mochila, separar o material e o uniforme, reduzir o horário da TV. Promover um reencontro com alguns colegas na ultima semana de férias também ajuda a baixar a ansiedade. Sempre um pouco a cada dia para não haver o choque no dia da volta às aulas.