28/10/2009
As fortes chuvas que cairam nessa segunda-feira, mostraram, após 5 horas de água ininterrupta, a realidade e fragilidade do nosso bairro.
O córrego Poscium mais uma vez não deu vazão ao volume de água e transbordou, para a tristeza dos comerciantes locais.
O resultado, foi um centrinho alagado, lojas repletas de água suja e muitas lágrimas. Eram mais de meia noite e as pessoas ainda passavam o rodo nas marolas formadas pela água do rio que transbordou e invadiu o Patio Viana II.
Por volta das 22 horas a cena era desoladora. E pudemos enxergar o significado do ditado que diz que com água e fogo ninguém pode. Você fica impassível e de mãos atadas diante da força da natureza.
Na Rua Nova Amazonas, não foi diferente. Com as bocas de lobo entupidas, a rua virou um imenso rio, alagando os imóveis vizinhos e uma oficina, que sofre toda vez que chove. O rio transborda e ela transborda junto.
A Coluna de Olho na Granja foi apurar o que está sendo feito pela Sub Prefeitura para resolver o problema. Em conversa com Luis Gustavo Napolitano, ele nos disse que o grande problema são as construçóes feitas pelos comerciantes, em cima do córrego e sem recuo algum. A solução prevista pela Secretaria de Obras é a colocação de 10 aduelas de 2 x 2 metros, embaixo da Rua José Félix.
"A água sobe somente até a ponte da José Félix, o que mostra que o problema é ali. Do outro lado da rua, no posto, isso não acontece", disse Napolitano.
Segundo ele, já foi feito o pedido de compra e sub-prefeitura está gerenciando os recursos, tentando conseguir uma parceria público privada para isso.
Do outro lado da Raposo, na rua Tangará, a obra da Cyrela continua fazendo os moradores andarem de galochas para conseguir sair de casa. Não há drenagem no local e a rua inunda toda vez que chove.
No Jardim Suave, no km 21, a força das águas invadiu as casas e os moradores perderam tudo. Na Rua do Cristo, mais uma vez o rio transbordou e mais de 20 casas foram afetadas.
O problema é grave e continuará existindo se ninguém fizer nada. A estação de chuvas mal começou e não é preciso ser vidente para prever o que vai acontecer daqui há alguns meses, "quando janeiro chegar"...
Fau Barbosa