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Granja Emancipada? No fim do mês de julho, o Site da Granja noticiava em primeira mão a intenção de um grupo de granjeiros em emancipar a região, seguindo o exemplo de Caucaia do Alto, cujo processo já dura mais de 20 anos.

13/11/2013








No fim do mês de julho, o Site da Granja noticiava em primeira mão a intenção de um grupo de granjeiros em emancipar a região, seguindo o exemplo de Caucaia do Alto, cujo processo já dura mais de 20 anos. O movimento foi notícia algumas semanas, quando muitos acreditaram que a ideia havia morrido. No início de novembro, o assunto volta à pauta de maneira mais estruturada e com uma associação instituída. Um dos líderes do movimento é o advogado Gilberto Capocchi que conversou com o Site da Granja. Veja o que ele fala sobre a iniciativa:

Site da Granja - Quais os motivos que levam a um movimento de emancipação da Granja?

Gilberto Capocchi - O principal é a insatisfação com a administração municipal de Cotia, que se encontra literalmente afastada das necessidades da Granja Viana e de vários bairros limítrofes.
Cotia é uma das poucas áreas de Mata Atlântica original e que deveria ser preservada. Mas é comum ver desmatamento desordenado de áreas grandes, de cinco mil ou mais metros quadrados. Até 30 mil e uma vez só! Áreas essas que mantêm em seu solo recursos hídricos que impediriam obras civis. É seguro que muita da supressão aqui encontrada só poderia ser autorizada pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo e não pela Prefeitura de Cotia. Após o desmatamento, vêm as obras. Verdadeiros “mausoléus” em ruas estreitíssimas, como a Avenida São Camilo, impossibilitando eventual alargamento para escoar o caótico trânsito local. É incontestável que a Granja Viana e bairros limítrofes não têm planejamento urbano que acompanhe o desenvolvimento da região, desenfreado por culpa da Prefeitura de Cotia que deixou, ou gostou, pelas aprovações, da explosão imobiliária que, necessariamente tem que cessar.

Alguma vez a Prefeitura obrigou apresentação, pelo construtor ou incorporador, de relatório ambiental de impacto que os novos veículos, circulando, ocasionariam no trânsito já existente? Alguma vez foi requerida a apresentação de relatório de levantamento de vizinhança? Alguma vez, pelo número de habitantes ou população flutuante, foi exigida a competente Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) para os empreendimentos comerciais ou residenciais? Falamos dos edifícios, nestes inclui-se o “shopping” na beira da estrada, com todas as irregularidades ambientais que têm em razão do solo e recursos hídricos (minas d’água). O que se dizer, então, dos loteamentos e conjuntos de casas com os mesmos vícios legais?

São constantes as desilusões. Como está o programa de assistência à saúde? Há muitos meses o PA do Parque São George está sem serviço de Raio-X, faltam remédios, como em outros PAs, entre tantos outros problemas

SG- Se há insatisfação com o governo local, esse também não foi eleito pelos granjeiros?

GC - Não resta dúvida que muitos moradores votaram na atual administração, mesmo quando os problemas relacionados já existiam. Também somos, infelizmente, culpados. Devemos bater a mão no peito e dizer: “mea culpa, mea culpa, mea maxima culpa!”

SG - A granja tem bases econômicas e sociais para emancipação já que região é bem conhecida como dormitório?

GC - Inicialmente, inverto a pergunta, respondendo assim: no passado, a Granja Viana era, sim, uma “cidade dormitório”. Diminuiu muito. Conheço muitos profissionais que se esqueceram da Capital e estão atuando na Granja Viana. Também os filhos cursando as escolas e faculdades daqui, frequentando o comércio daqui, têm seu lazer também aqui.

A Granja Viana, com os bairros limítrofes, tem suficientes bases econômicas para autogestão e manter-se por si só. Quanto às bases sociais, se pensarmos em hospital, por exemplo, este deverá ser construído por força de convênio com o Estado ou, quem sabe, até com recursos próprios, ou, mesmo, só pelo Estado. Aqui faço um parêntese: não seria excelente conseguirmos o apoio assistencial médico-cirúrgico do “Instituto do Coração – Incor” que é parte do Hospital das Clínicas e campo de ensino e de pesquisa para a Faculdade de Medicina da USP, com a retaguarda financeira da Fundação Zerbini?

Haverá a necessidade, inevitável, de ser erguida a sede da Prefeitura, da Câmara de Vereadores e outras de menor porte. Não vejo, todavia, grandes dificuldades para isso, recordando que um prédio não é construído de um dia para outro. Suas obras deverão ser sustentadas pelo orçamento do novo município e não necessariamente no bairro da Granja. A Administração poderá ficar localizada onde o terreno tenha custo menor do que na Granja.

SG - Nas redes sociais há muitos comentários que a separação seria um ato de "elitismo" por a granja ser a região mais rica de Cotia. O que há de real nesse comentário?

GC - Nada de verdadeiro. Redondamente enganadas as pessoas que assim pensam ou até atacam. O futuro mostrará que o serão a Granja e os bairros vizinhos. Formarão uma excelente cidade, exemplar, sim, com invejável qualidade de vida, todavia simples, sem superioridade a qualquer outra cidade que for, em especial à Cotia que dela sempre lembraremos. Afinal, foi a cidade que nos acolheu. Não a desrespeitaremos. Não devolveremos a mesma moeda.

SG - A ideia de emancipação, pela área prevista levaria grandes indústrias geradoras de ICMS para o novo município. Economicamente Cotia ficaria mais pobre? Em caso positivo emancipar um município não prejudicaria o outro?

GC - Evidentemente, todos os geradores de tributos dentro dos limites da nova cidade, a esta farão os respectivos recolhimentos. Também por evidência, todo o município mãe que tem uma parte dele separada, emancipada, vê suas receitas diminuídas, mas proporcionalmente, já que seus gastos também serão menores. Portanto, não é de se pensar que a emancipação da Granja Viana e bairros lindeiros levará ao sacrifício de Cotia.

SG - Uma das maiores reclamações dos granjeiros é o desmatamento e as novas construções, bem como o trânsito. Com um município novo haveria necessidade de toda a construção de infraestrutura administrativa - câmara, prédio da prefeitura, secretarias? Isso não teria um grande impacto na mobilidade?

GC - Creio poder ser rápido na resposta. Se a Granja Viana se tornar independente, seus administradores residirão aqui mesmo. Talvez diminua o impacto no trânsito da Granja, por duas imediatas razões: primeira - a administração deverá se localizar em outro bairro que não seja a Granja, e, segunda, esta razão não levará o correspondente trânsito às caóticas Ruas José Felix de Oliveira, Santo Antonio e outras e à insuportável Avenida São Camilo.

SG - Ainda sobre a pergunta acima, o novo município englobaria algumas áreas bastante carentes como as favelas do km 21 sentido capital e outras no km 27 tb sentido capital. Seriam esses os locais ideais para a construção da infraestrutura administrativa já que elas são as áreas que mais precisam de reforma urbana?

GC - Entenda que essa pergunta se identifica diretamente com minha resposta acima, mesmo que precipitada por falta de estudo, lógico. Mas não é incoerente com o que se pretende quando disse que a administração da nova cidade estará localizada em bairro que não a Granja Viana. No entanto, com a possibilidade de que seja evitado o uso da Rodovia Raposo Tavares e as demais vias antes citadas, já será bom lucro.

Não esqueçamos que do planejamento urbano deverá constar aumento da precaríssima malha viária, interligando, dessa forma, os bairros sem a necessidade de rodar pela estrada. Entendamos: uma obra dessas, grande, demanda tempo e grandes recursos financeiros. Não poderá ser executada de uma única vez. Mas em etapas inteligentes, ficarão prontas.




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