18/09/2008
Com relação ao transporte público na Granja, temos recebido muitas reclamações.
Principalmente em relação ao acesso aos condomínios mais distantes, que não são servidos por linhas de ônibus, deixando a comunidade a pé em trajetos muito longos, sem iluminação e segurança.
Por exemplo:
Fomos ouvir as pessoas que transitam pela Estrada Fernando Nobre.
A reclamação é geral.
A estrada, é servida por 3 municípios (Cotia/Jandira/Barueri), onde um joga a responsabilidade para o outro e aqueles 7 quilômetros de acesso aos Condomínios Forest Hills e Nova Higienópolis, ficam sem condução.
Além da estrada não ter calçadas, o que faz com que as pessoas andem pela rua, a única linha de ônibus ali é uma que sai do Terminal e vai até o São Fernando, e depois volta ao Terminal.
Ou seja, quem trabalha nos condomínios mais para a frente, tem que ir e voltar a pé, pois não tem opção.
Lembrando que a Estrada Fernando Nobre tem sido o alvo preferido dos ladrões, por conta da falta de iluminação e das lombadas existentes.
Quem não tem carro, sofre com isso.
Outro exemplo clássico é o Fazendinha, com vários outros condomínios ali dentro, e nenhum transporte público, pois já está em Carapicuíba.
Tantos condomínios, e os trabalhadores fazem verdadeiras jornadas a pé para irem e virem, todos os dias, sob sol ou chuva!!!
Os granjeiros motorizados, muitas vezes, nem se dão conta da situação... até o carro quebrar, ou até não poderem dirigir, por alguma razão...
E ainda temos os nossos adolescentes que querem ser independentes, e os pais ficam a mercê da sorte.
Uma solução, seria a parceria entre as Prefeituras, que com certeza beneficiariam a população que por ali transita, colocando transportes alternativos de baixo custo, e rateando eventuais receitas entre os municípios envolvidos e beneficiando a população.
Seguem abaixo depoimentos de moradoras da Fernando Nobre
"É necessário uma infra estrutura em transporte público mesmo que a demanda seja pequena, afinal como ficam os nossos filhos que por vezes querem ser independentes e exercer seu direito de "ir e vir" sozinhos (pra não pagar o mico de pegarem sempre caronas com os pais). Existe também a dificuldade das pessoas que trabalham nas casas da região e que não tem transporte próprio. No meu caso especificamente, se houver transporte público na região, eu só usarei o carro para trajetos longos, como ir a São Paulo por exemplo".
Elis Pinheiro
"Na verdade o transporte público de Cotia em geral é um descaso total em todos os aspectos. Os pontos são desativados sem nenhuma explicação: antigamente tinha um ponto no km 24,5 sentido Cotia que de uma hora para outra foi ignorado pelos motoristas, ou a pessoa desce na passarela do 24 ou na passarela do 25, quem mora nesse meio precisa encontrar um caminho alternativo pelo meio do bairro aumentando significativamente o percurso a pé. Agora vejo as pessoas andando a pé pela Raposo até o ponto que fica a frente da Nielsen, pois não existe calçada naquele trecho, somente um barranco. Tirar um ponto do lugar não significa que as pessoas poderão deixar de utilizar-se do transporte público. Fora que outros pontos não tem sinalização alguma, vejo que os ônibus param na frente do Jd. Semiramis e logo em seguida na entrada da Dona Deola, mas nenhum desses locais tem alguma indicação de ser um ponto de ônibus".
Susi