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Cineasta Alain Fresnot Por Karen Gimenez Dez anos depois de ser exibido nos cinemas, o filme "Desmundo", do diretor brasileiro Alain Fresnot, ainda provoca discussões e emoções.

12/12/2012








Por Karen Gimenez

Dez anos depois de ser exibido nos cinemas, o filme "Desmundo", do diretor brasileiro Alain Fresnot, ainda provoca discussões e emoções. É centrado no papel da mulher no Brasil na segunda metade do século XVI - quando moças órfãs eram mandadas de Portugal para cá com intuito de casarem com os primeiros colonos e viver nas mais duras condições. A narrativa, baseada na obra de Ana Miranda, remete à rotina que muitas ainda vivem, principalmente em regiões remotas, onde são subjugadas por seus maridos, sem qualquer direito. "A proposta foi mostrar uma articulação entre as histórias individuais dos personagens e o momento histórico do Brasil", explicou o diretor

O filme foi exibido para um pequeno grupo de granjeiros na noite de 11 de dezembro, acompanhado por um debate com Fresnot, que contou os bastidores da produção narrada em português castiço e com legendas. O evento aconteceu no tradicional Cine Libélula, promovido mensalmente por Délia e Fernando Costa.

Gravado em Ubatuba, no início dos anos 2000 e exibido em 2003 no circuito comercial, "Desmundo" é uma produção primorosa e cheia de detalhes.

A ambientação - por volta de 1570 - foi feita a partir de uma cidade cenográfica construída no Litoral Norte de São Paulo. Foram quatro meses de pesquisa e dois para a construção. O figurino foi um caso à parte. Só as provas de roupa - depois de toda a pesquisa feita e a produção das vestimentas - levaram três meses. Da criação do argumento até o fim da produção foram nove anos de trabalho. As filmagens duraram nove semanas

A personagem Oribela, vivida por Simone Spoladore precisou contar com uma proteção além da roupa: um grosso colete de couro para amortecer as surras de chicote que levava do marido Francisco, vivido por Osmar Prado. "Mandei fazer essa proteção para que Osmar pudesse se soltar em cena com o chicote. Só que em alguns momentos a ponta do chicote foi além da área do colete, o que fez Simone ficar brava comigo", lembra o diretor.

A preocupação em transportar o espectador até aquele Brasil pouco conhecido fez com que Fresnot contratasse um lingüista para "traduzir" o filme para o português de Portugal falado na época em três níveis de dificuldade. "Inicialmente achei que a versão mais simples para o português castiço fosse possível de ser usada sem legendas, mas notei que não. Optei então pela versão intermediária e legendei o filme em português atual" explica o diretor.

Entre as curiosidades que contou sobre os bastidores da produção, está a caravela que traz o grupo de órfãs portuguesas para o Brasil. "Usei uma caravela que foi feita em Curitiba para a comemoração dos 500 anos do Descobrimento do Brasil. Trouxemos para São Paulo, mas precisamos mexer nela porque estava fora do eixo e era feita de plástico. Fizemos todo um trabalho de acabamento e pintura que a deixou com ares do século 16. Mas foi só de um lado, daquele que iríamos filmar. Hoje ela está abandonada na Baía de Guanabara ainda só com um lado reformado", lembra.

O nome do filme - baseado no livro homônimo - refere-se ao mundo abaixo da linha do Equador. "Estamos falando de uma sociedade praticamente sem lei e nem moral, quantitativamente dominada por índios. Daí Desmundo, algo como o contrário do mundo", conta.

Nessa mesma noite o diretor apresentou também um trailer de seu novo filme, "Uma noite não é nada", um drama urbano sobre a diferença entre o amor feminino e o masculino para o qual está captando recursos. "Denso e sutil. Quero que esse seja o melhor dos meus filmes."

Desmundo
Disponível no you tube: migre.me/clCZA
Direção: Alain Fresnot
Duração: 101 minutos
Trilha sonora: John Neschling
Elenco: Simone Spoladore, Beatriz Segall, Caco Ciocler, Osmar Prado, Olair Coan,
Roteiro: Anna Muylaert, Sabina Anzuategui, Alain Fresnot


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