02/02/2006
A moda muitas vezes influenciou o cinema, virou tema de filme, modelos se fizeram atrizes e estilistas famosos criaram figurinos históricos. Mas o cinema e o seu poder de arte popular lançou moda ao longo das décadas, especialmente na Hollywood dos anos 50. Divas, símbolos de elegância e estilo, como Audrey Hepburn e Brigitte Bardot, foram copiadas e imitadas em suas roupas, penteados e maquiagem por mulheres no mundo todo. E foi nessa época, em que a moda privilegiava a elegância e a sofisticação femininas, que o mestre do suspense Alfred Hitchcock deixou sua marca no figurino de suas musas, sempre louras e magras. Entre elas, Grace Kelly, Tippi Hedren e Kim Novak.
Dessa vez, moda e cinema se confundem. Uma das novas tendências para o próximo inverno reflete características desse estilo. A mulher assume um ar mais adulto, mostra suas curvas de forma elegante, mas sem exageros. O tailleur com saia-lápis e o vestido preto são peças-chave da estação. E até mesmo no penteado, um coque ou cabelos curtos penteados para trás, as personagens de Hitchcock se tornaram atuais. Esse tipo de cabelo é a aposta dos cabeleireiros para o momento.
Hitchcock fez 53 filmes ao longo de sua carreira e nos mais célebres, como em “Os Pássaros” e “Janela Indiscreta”, as atrizes Tippi Hedren e Grace Kelly, respectivamente, eram mulheres lindas, sofisticadas, e cosmopolitas, obviamente na última moda. Todas usavam luvas, saltos altos e echarpes, símbolos tanto de elegância quanto de fetiche. E desejo sempre foi o combustível do universo cinematográfico de Alfred Hitchcock, onde tudo tinha um significado - das gravatas dos atores, passando pelas jóias, carros, objetos de cena, cenários, até um coque de cabelo em forma de espiral, elemento recorrente no filme “Um Corpo que Cai”.
Para saber mais, veja os filmes (entre eles: “Janela Indiscreta”, “Um Corpo que Cai”, “Os Pássaros” e “Ladrão de Casaca”) e leia o livro (“Hitchcock Style”, de Jean-Pierre Dufreigne, editora Assouline).