23/03/2006
As roupas inspiradas na estética dos anos 60, um misto de rebeldia e romantismo que marcou a juventude dessa época, influenciando a maneira de se vestir de toda uma geração. E entre as muitas modas desse período, a mais célebre foi sem dúvida a minissaia.
Essa peça bem curta surgiu das tesouras do estilista francês André Courrèges, em 1964, quando ele subiu o comprimento das saias de sua coleção de verão cerca de 15 centímetros acima dos joelhos. Entretanto, foi a jovem inglesa Mary Quant quem a transformou em sucesso absoluto entre as jovens dos anos 60.
No início, a estilista usava as próprias minissaias, que eram bem mais curtas que as de Courrèges -cerca de 30 centímetros acima dos joelhos-, e, depois, elas acabaram caindo no gosto de famosas modelos da época, como Jean Shrimpton e Twiggy, que ajudaram a divulgar o modelito.
Como uma verdadeira febre, a nova mania ganhou o mundo. No Brasil, as cantoras Wanderléa, então estrela da jovem guarda, e Nara Leão, musa da bossa nova, aderiram rapidamente ao novo comprimento das saias e vestidos.
Mais do que uma moda passageira a minissaia significava liberdade, juventude, transgressão. Ela revolucionou a moda da época e causou muita polêmica no mundo todo, chegando a ser proibida em escolas e locais de trabalho. Afinal, as saias nunca haviam sido tão curtas antes. Pelo menos não até elas diminuírem ainda mais no início dos anos 70 e se transformarem em microssaias.
Depois disso, as minis foram e voltaram várias vezes. A verdade é que as mulheres adoram essa moda. Antigamente, só as mais jovens usavam, mas hoje em dia, aquela história de que “quanto maior a idade, maior o comprimento da saia” está ultrapassada. Mas bom senso é sempre bom: se o corpo está fora de forma, evite, não importando a idade.