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Planeta Eu

1.0, mas bem bronzeada! Descobri a minha mais enfeitada inveja: Antonio Prata! cronista!  Não tenho inveja de quem tem carro mais bonito que o meu

14/11/2013



Descobri a minha mais enfeitada inveja: Antonio Prata! cronista! 

Não tenho inveja de quem tem carro mais bonito que o meu. Mesmo quando meu 1.0 não sobe uma ladeira se o ar condicionado estiver ligado. Até me divirto com isso, acionando uma eficiente manivela imaginária.

Quase tenho inveja de quem tem dentes bonitos, porque os meus são assim meia boca. Não exatamente, até que contando todos, tem tudo ali, talvez algum um pouco falso, mas nada exterminado demais. Por dentes tenho mesmo uma atenção de filósofo. Se os dentes são tortos, como alguns dos meus, fico olhando para ver que efeito causa em mim, para entender o que os meus tortinhos causam nos outros. Se são retinhos e saudáveis fico feliz pela pessoa e olho atentamente para ver a beleza. As gengivas rosinhas, os dentes branquinhos.

Inveja de mulher bonita? De algumas dá. Nunca tive inveja dessas de cinema, embora a Nicole Kidman e a Scarlett Ohara sejam impressionantes. Tive daquelas que eram muito mais que traços perfeitos, as que sabem fazer um coque, colocar uma faixa no cabelo, tem um estilo interessante de se vestir e falar.

Lembro de uma vez em que fui com o meu ficante cineasta na casa de amigos dele. Eram muitos homens e estavam discutindo política. Exagerados, falando alto, cheios de opinião, eu ali, de coadjuvante, quietinha e aí chegou uma mulher.

Ela não falou nada, apenas se movimentou pela sala. Toda aquela falação perdeu o sentido, virou barulho de menino e eles se calaram, desajeitados. Com certeza porque ela era linda, mas muito mais porque ela emanava uma forte energia feminina. Tive admiração pelo poder da presença dela e também uns dois dedos de inveja.

Não tenho inveja de rico, não ligo a mínima para bolsa cara, nem para nada que se possa comprar, mas, ai, ai, uma escrita como a do Antonio Prata acaba comigo.

Entre ele e eu está a Folha de São Paulo. Acesso o site do jornal para ler as muitas crônicas dele e eles vão pondo empecilhos. Tive que me cadastrar e quando começo a ler demais eles bloqueiam a leitura e dizem que só posso continuar se assinar a Folha. Isso só atiça a fissura!

Fico lendo fascinada. Ele escreve bem demais. Tem um baita humor e uma poesia escandalosa de tão sutil. Que tempero! Li que ele inventa as situações que diz viver. Nesse sentido consegui captar um pouco do processo dele. Um assunto o interessa e ele cria uma história que ele teria vivido para poder falar a respeito. Além de tudo, ele se interessa por coisas que me interessam. Não, na verdade, ele torna tudo interessante. Até o envelope do banco de um desconhecido que chega mensalmente para ele por engano. Será que chega mesmo? Será outra invenção para falar de algo que já aconteceu de um jeito ou de outro com todos nós?

Fico lendo e sentindo que nunca vou ter aquela capacidade. Não adianta, o cara é Neymar, Pelé, e eu apenas bato bola no campo da esquina. Bom, não vou me desmerecer tanto assim né? Senão você vai querer seu dinheiro de volta! Até que eu faço uns gols, tanto que você veio lá de cima do texto até aqui comigo! Mas até que é bonito invejar. Sinal de que eu amo a escrita e fico enciumada se alguém faz amor com ela. Fico procurando as razões que fazem ela se jogar com tanta desenvoltura nos braços dele. Deve ser porque ele se dedica só a isso, penso, e já eu, assobio, chupo cana, faço malabares. Não sou focada. Não, não, o argumento não cola. Por que ele é mais jovem? Desesperador! Então ele só vai melhorar com a idade!

O ciúme é assim né? A vontade é que o outro não exista para não me dizer que sou de alguma forma menos! Mesmo que você leitor, condoído com minha dor, chamasse os amigos e fizesse uma passeata em frente a minha casa com cartazes benevolentes onde estivesse escrito: “O Antonio não é tanta Prata assim!” “Você é a escritora de dentes tortos melhor do mundo” não iria adiantar.

Como vou largar assim o osso da inveja? O gostinho até que é bom! Leio as crônicas dele e meu computador interno não para de processar outros caminhos da escrita para mim! Acho que vou crescer com toda essa competitividade. Bom, no mínimo, posso virar garota propaganda dele! Confessa! Você já está indo agora clicar no site da Folha, né não?

Procura em colunistas, mas daqui a quinze dias volta, tá? Vamos ver se eu consegui melhorar o bronze, já que não tem jeito, a prata é mesmo do Antonio!

Na foto uma dessas mulheres que sabem brincar com o cabelo!


Foto: Pedro Vargas


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Jany

Escritora e Focalizadora de Dança Circular no UlaBiná.

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