20/07/2006
Meu avô, que gostava de citar antigos filósofos romanos, toda vez que algo muito injusto ou violento tipo massacres, extermínios e outras atividades que são mais comuns nos dias de hoje ocorria, saia-se com o HOMO LUPUS HOMINI. O homem é o Lobo do Homem.
O ruído infernal da guerra. Sofrimento permanente. O ruído infernal da imbecilidade humana, do ódio racial e religioso. Infelizmente este ruído nunca cessará, faz parte da natureza humana, desde sempre.
O culpado é o ser humano, tanto faz se ele é de Israel, Líbano ou EUA; se ele é judeu, católico, agnóstico ou muçulmano, se ele é brasileiro, do PCC ou do Congresso Nacional. O culpado por tudo isso é o HOMEM.
Basta ler manchetes de jornais: pelo menos 54 civis mortos em bombardeios israelenses no Líbano. A terceira pilhagem do Congo; Iraquianos informam o mais mortal dos meses; Volks abre plano de demissões em Taubaté; brasileiros conhecem 57 parlamentares "sanguessugas"; cresce o medo de nova guerra no Oriente Médio; violência sem controle em São Paulo; jogadores brasileiros entregaram o jogo; efeito estufa é maior que o previsto; 1500 espécies vegetais e animais se extinguiram nos últimos 8 anos; Marcola e deputado histérico se chamam de ladrões.Todo dia tem algo que parece novo mas é a mesma coisa de sempre.
Mas resistir é um dever.
O poder para que se façam todas essas barbaridades existe porque as pessoas consentem. Se você parar de dar crédito ao poder ele não existe mais. O direito de oposição se manifesta quando você se recusa a contribuir pessoalmente na lógica dele.
A tirania existe porque tem tiranos mas também pelo consentimento das vítimas incapazes de rebeldia individual ou coletiva.
Sempre deveríamos ter o poder e o dever de não aceitar as leis, se elas nos prejudicam como coletivo cidadão.
Pense, aquela história que todo o dia te roubavam uma flor do jardim, que quando se percebeu, não existia mais jardim.
Lembram da imagem de um homem sozinho no meio da rua na frente de vários tanques em Pekin em 1989 ?
As formas de tirania são cada vez mais onipresentes. Em nosso dia-a-dia e em nossas vidas.