29/06/2006
Gosto sempre de lembrar que uma das coisas boas da Revolução Francesa foi criar bases para a separação clara de Estado e religião.
Nada mais correto se os parâmetros analisados fossem aqueles que dizem que a religião cuida das coisa espirituais e o Estado cuida para que seus cidadãos possam ter bem estar, paz e prosperidade.
Mas tanto o Estado como a Religião são os executores de uma atividade controlada por corporações que há muito tempo são maiores e mais poderosas que os Estados. E elas estão se fundindo harmonicamente, até se ter uma única colméia controlando cada setor.
No mundo moderno, esse engodo vendido a peso de ouro para os incautos desinformados, as corporações não tem face. São gigantes inatingíveis com vida própria, sem sentimentos nobres ou qualquer intenção que não seja lucro e poder.
Tudo que chega aos cidadãos de todos os países, em escalas diversas obviamente, tem a intenção de condicionar e massificar.
Em países como o Brasil por exemplo, a perda de referenciais é progressiva e permanente, levando a um país emburrecido e sem conhecimento. Condições perfeitas para corporações venderem gato por lebre, e nivelamento por baixo. Assim sempre oferecendo porcarias inúteis ou de baixa qualidade para consumidores ansiosos.
O extermínio da diversidade não se resume a natureza somente, embora essa seja a mais importante. Mas também o extermínio do pequeno e médio empreendedor, industrial, artesão ou comerciante. Se criam mais e mais leis e arrochos para que esse tipo de classe não subsista. Em todos os campos, do fabricante de chocolates ao fabricante de aço. Alimentos e remédios.
A quantidade de terror, moralismo indecente, doutrinas políticas e religiosas passados pela televisão e pela indústria cinematográfica beiram o ridículo e impede mentes pensantes de ter qualquer prazer com esse infantilismo hipócrita e comodista propagado. Tudo tem que visar lucro e condicionamento. Princípios básicos do marketing. A odiosa e corrupta modalidade onipresente.
Os beneficiados com isso são os Estados, dando uma vida paradisíaca para seus políticos e apaniguados, sem controle ou possibilidades de mudanças. Acima de tudo. E as religiões que não param de crescer tentacularmente, explorando o atraso.
Além de todas essas fraudes enormes, lembro de alguns filhotes desse processo vil. Que são as urnas eletrônicas, loterias e reeleição .
Como em um país que os poderes não são independentes e são acusados a todo momento de corrupção e conivência, pode achar que as urnas eletrônicas são seguras e não estão sendo manipuladas. Ou ainda as Loterias gerenciadas por empresas inidôneas e desonestas, envolvidas em escândalos. Ou ainda que se consegue tirar um governante que faz campanha com a máquina corrupta na mão. E a dívida externa, criada artificialmente?
Seria certamente natural que tudo isso acontecesse, e não ao contrário. Já expliquei em outras colunas o por que isso seria factível e possível.
Me baseio em observação, análise, pesquisa, suposição de fatos e relatos esporádicos. Mas as chances de eu ter razão e o total desinteresse da grande mídia por estes absurdos me levam a crer que as pessoas deveriam se interessar mais a respeito de tais assuntos.
Assim como questionar a política, a religião e as prisões que nossas vidas estão se tornando.
É preciso parar com esse Faz de Conta covarde e passivo.