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Parceria com Paulo Cleto. Pioneirismo e novos rumos. Ainda no primeiro ano do casamento, eu jogava as quartas-de-final de um torneio profissional no Clube Atlético Juventus contra o Gabriel Mattos

09/02/2006



Ainda no primeiro ano do casamento, eu jogava as quartas-de-final de um torneio profissional no Clube Atlético Juventus contra o Gabriel Mattos. Logo após o encerramento do meu jogo, eu assistia à outra partida, quando aparece o Paulo Cleto. Ele era totalmente excêntrico. Era fotógrafo profissional, formado nos Estados Unidos, tinha jogado por uma universidade norte-americana, estava retornando ao Brasil depois de cinco anos e, naquela tarde, ele veio conversar comigo sobre a minha opinião de construirmos em sociedade uma quadra de tênis em São Paulo.
O Cleto me falou que seu pai, senhor Édson, tinha um terreno de 800 metros quadrados na rua Brejo Alegre, que ficava a 50 metros da casa onde eu morava, no Brooklin.
Eu dava aulas no A Hebraica e já havia aumentado bastante a carga horária em casas familiares.
Com o surgimento da ATP, o tênis estava começando o seu “boom”.

Bjorn Borg e Jimmy Connors eram as estrelas do circuito, que ganhava espaço na mídia e no gosto do povo. Só se falava em tênis e as pessoas não tinham onde jogar em São Paulo. Ou ficava-se sócio de um clube (e na época era restrito a meia dúzia de bons clubes) ou não existia outro lugar.
Foi então que decidimos criar a Tênis Arte, a primeira quadra particular para aulas de tênis em nosso país. O nome Tênis Arte foi dado por Paulo Cleto. O esporte estava sofrendo mudanças em seu estilo, com a força dos golpes de Bjorn Borg. Como nós éramos de uma fase na qual o tênis era mais arte do que força, o nome sugerido pelo Paulo caiu como uma luva e foi aceito sem nenhuma restrição.
Construída no início de 1975, Tênis Arte era uma quadra de saibro, com uma sede de 50 metros quadrados e dois banheirinhos. A Sonia era a secretária na parte da manhã e Tereza Cleto, irmã do Paulo, no período da tarde.
Eu dava aula das 7 às 15 horas e o Paulo ia das 15 às 22 horas. Além das minhas aulas, recebia ainda um percentual sobre as locações. Sem dinheiro, eu e o Paulo pintamos a academia inteira, todos os muros, toda a sede, partes interna e externa. Éramos nós mesmos quem fazíamos a manutenção das quadras. Os pegadores de bola eram os sobrinhos do Paulo.
O meu horário, das 7 às 15 horas, foi preenchido em um dia com meus alunos do A Hebraica. O Paulo, pela amizade que tinha e pela força do nome Cleto, da irmã Vera, campeã brasileira de tênis, também conseguiu outro número enorme de alunos. O status, na época, era saber jogar tênis. Nós éramos de um bom nível social, com conhecimento de tênis e com uma quadra particular. Resultado: ganhamos dinheiro.
Uma quadra era pouco e as filas de espera, gigantescas. E não existiam aulas em grupo; somente individuais. Quando um aluno desistia ou precisava sair de férias, eu fazia leilão para o seu lugar. Alguns que precisavam parar temporariamente deixavam o período pago com antecedência, para não perderem seu lugar.
Foram dois anos de parceria e de um relacionamento muito bom. Almoçávamos, jantávamos e passávamos juntos os finais de semana.
Logo depois, outras quadras surgiram em São Paulo. A Hobby Sports, de propriedade do Eduardo Arruda Botelho com outros sócios, e a Play Tennis, do Eduardo Azevedo, nasceram em seguida. A Koch Tavares criou uma academia, que era comandada pelo Yerwant Kassabian. A partir dali, houve uma proliferação de quadras de tênis por toda a Capital paulista.
No final de 1976, surgiu a oportunidade de o Paulo Cleto treinar o Carlos Alberto Kimayr, que estava concluindo a faculdade nos Estados Unidos.
O Paulo conseguiu um patrocinador (a empresa Guatapará), que fez proposta de bancar todos os gastos que teriam. Diante disso, o Paulo resolveu deixar sua parte na Tênis Arte para seu pai, um corretor de seguros que estava se aposentando e que também gostava de tênis.
Resolvemos, então, desfazer a sociedade. Do mesmo jeito que começou bem, a sociedade também acabou muito bem. Até hoje, eu e o Paulo temos um bom relacionamento. Vendi a minha parte e fui para a rua Guaraiúva, no bairro do Brooklin, onde aluguei um terreno e construí, no início de 1978, a minha primeira quadra, a Meyer Tênis. Meyer Tênis, com a palavra tênis em português, e um elefantinho como logomarca, como símbolo.
Quando a Meyer Tênis começou a ser montada, estavam chegando ao Brasil as primeiras quadras de tênis fast – aquela de piso duro, de pedrinha, com ótima sucção de água e que dispensava manutenção. Fizemos, então, uma quadra com esse tipo de piso, moderno, e novidade no país. O terreno era de 800 metros quadrados, na rua Guaraiúva, esquina com a rua Texas, pertinho da avenida Bandeirantes e da Hípica Paulista.
Pára-quedista em obras, fui enrolado pela construtora. O que deveria ser concluído em três meses, durou seis. Gastaria “x”, acabei pagando “x” mais “y”. Eu teria de pagar aquela dívida, manter minha família e não estava mais dando aulas.
A quadra ficou pronta antes da sede e comecei a dar aula com a academia semi-pronta. Para economizar tinta e ser mais ágil, decidi pintar o muro com o compressor, ao invés de utilizar o rolo. O vento estava forte e acabou levando aquela tinta verde para a roupa que estava no varal de uma casa vizinha. Estava cheio de contas para pagar, naquele estresse para deixar tudo pronto, e a vizinha aparece com um Boletim de Ocorrência para receber o prejuízo. Queria tudo novo.
Na época, existia uma grande lavanderia em São Paulo, a Lavita. Era de propriedade de um dos amigos de meus pais. Ele conseguiu deixar toda a roupa novinha em folha, devolvi para a vizinha.
Um peso a menos no meu orçamento.
Comecei, então, a operar a primeira Meyer Tênis, no começo de 1978. Era a “febre” do tênis no Brasil. Dava desespero ter aquela multidão querendo jogar ou aprender e não conseguir atender todo mundo por falta de espaço. Uma quadra apenas era insuficiente para atender todo mundo.
Eu dava aula, ainda treinava no fim da tarde, fazia faculdade à noite.
Uma correria total para cuidar da minha vida e saldar todos os compromissos financeiros.
Nesse período, a Hobby Sports abriu uma nova unidade na avenida Santo Amaro. Os donos da academia, o Eduardo Arruda Botelho e seu irmão, promoveram um dos maiores torneios profissionais com prêmio em dinheiro no Brasil. Com exceção de Koch, Mandarino e Kirmayr, os melhores tenistas do país – entre eles, Cássio Motta, Lelezinho Fernandes, Fernando Gentil, Júlio Góes – inscreveram-se para disputar a 1ª Copa Hobby. Era uma chave de 32 jogadores, de acordo com o ranking nacional.
Essa competição virou uma questão de honra e necessidade para mim. Caso conseguisse um bom resultado, garantiria recursos financeiros para abater minhas contas.
Com toda essa vontade, conquistei o título. Na semifinal, venci o Fernando Gentil, que era um dos jogadores da equipe da Copa Davis.
Na decisão, superei o Lelezinho.
O dinheiro da premiação era bom. Consegui pagar todas as dívidas pela construção da quadra e ainda sobrou alguma coisa.
Para melhorar, o prestígio pela conquista ajudou ainda mais a divulgação de meu nome e da Meyer Tênis na mídia. Eram listas e listas de espera para aulas.
Dois anos depois da inauguração da primeira quadra, consegui, com muito esforço, localizar o dono do terreno exatamente em frente à Meyer Tênis. Essa pessoa morava na Alemanha e tinha um procurador em Portugal.
Uma imobiliária, através de um de seus corretores, fez o contato e me viabilizou a locação desse espaço. Construí, então, a segunda quadra da Meyer Tênis. Era uma academia modesta: precisava-se usar o vestiário da unidade mais antiga e atravessar a rua para jogar na mais nova.
Mas já era um ótimo começo para diminuir bastante aquelas enormes listas de espera.
A minha rotina seguia a mesma... Aulas, treinamentos, faculdade e algumas competições, como Copa Itaú e Circuito Vat 69. Ainda em 1978, voltei a vencer o Lelezinho na final do Aberto de Santos, que por muitos anos foi o mais importante torneio profissional do país. Além de reunir os destaques brasileiros, teve também participação de jogadores estrangeiros de renome, como Guillermo Vilas e Ricardo Cano.
Um professor de tênis, que enfrentava e superava em eventos oficiais tenistas do circuito profissional, ganhava muito prestígio.


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