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Simão e seu Projeto "Isto é Brasil" Quem participou do carnaval deste ano em Osasco, deve ter se surpreendido com o trabalho da banda Musitema, liderada por José Simão, mais conhecido por Simão

04/04/2011



Quem participou do carnaval deste ano em Osasco, deve ter se surpreendido com o trabalho da banda Musitema, liderada por José Simão, mais conhecido por Simão. Sua banda alegrou foliões de vários bairros, no Carnaval da Família que a Secretaria de Cultura promoveu este ano.

A história de Simão se inicia em um pequeno sítio entre Santa Cruz e São José do Campestre, cidades do Rio Grande do Norte.

Com três, quatro anos, a linda voz da mãe o encantaram e o despertaram para sua vocação musical.
Mas estudar música naquele recanto longínquo da capital não era fácil para aquele menino que tendo perdido o pai, precisou trabalhar desde os nove anos. Era ele um dos garotos que naquele sertão colocava barris em um jumento e saía para buscar água nas cacimbas.

Contudo, ninguém pense que o pequeno Simão desempenhava com tristeza suas funções. Enquanto guiava a jumenta, ele percorria as estradas empoeiradas cantando as inúmeras canções nordestinas; entre elas o “Xote das Meninas”, fazendo de uma das bacias um pandeiro.

As composições de Luiz Gonzaga que ainda hoje são muito executadas no nordeste faziam parte do seu repertório e o alegravam, mas não conseguiam diminuir as dificuldades de dona Rita e seus dois filhos, Simão e Maria Aparecida, por isso, ela resolveu ir morar no Seridó. Lá o garoto foi trabalhar com o tio, vendendo carne de sol e o famoso queijo que aquela cidade produz.

Simão já era um adolescente e já sabia o que queria de melhor fazer na vida: ser músico. Mas para isso era preciso estudar.

Vendo o interesse dele, um padre da cidade, Ernesto Spíndola, não só o incentivou, como lhe presenteou com o primeiro saxofone. Mas como realizar aquele sonho? A escola de música mais próxima ficava a dezenove quilômetros de distância.

Àquela altura ele já trabalhava em uma pequena fábrica de sapatos, como ajudante de sapateiro. Muito dedicado, logo depois foi promovido, e se tornou sapateiro.

A distância em que ficava a escola não foi empecilho para aquele garoto obstinado. Muitas vezes não conseguia “carona” para ir à escola, por isso ia a pé.

Com o saxofone ganho do padre, reuniu alguns amigos, ensinou música a eles e formou uma pequena banda que tocava e transmitia música por alto falante da prefeitura da cidade até às 22h, quando a iluminação era desligada.

Em maio de 1967 veio para São Paulo, e aqui ficou até dezembro. Naquela época fez parte da Corporação Musical Santo Antônio de Osasco, e começou a trabalhar como profissional.

Mas no final de 67 voltou para Cruzeta, no RN, e em 68 se casou e resolveu voltar para São Paulo.

Aqui chegando, foi trabalhar nos correios e estudar no Conservatório Villa Lobos de Osasco. Lá foi aluno de Bruno Felice, um grande pianista que lecionava no Conservatório e passou a estudar cada vez com mais afinco, tendo sido aluno de grandes músicos, e trabalhado em algumas casas noturnas de São Paulo como a Bier Halley, Terraço Itália, Casa di Napoli.

Tocou também em uma banda de música judaica, além de ter acompanhado grandes artistas do país como Altemar Dutra, Noite Ilustrada, Roberta Miranda...

Simão também tocou com o Grupo Menphis, com a orquestra de Francisco Petrônio, a de Morais Sarmento, a Orquestra Tirolesa, com o Grupo cigano Henry Polaco, e vários outros.

A dificuldade financeira o levou durante os anos 70, 80 e 90 a cantar música italiana para sobreviver. Achava um absurdo precisar fazer isso, e houve um momento em que achou que com esse trabalho estava fazendo um mal ao país.

Foi quando resolveu desenvolver o projeto “Isto é Brasil”, que tem por objetivo mostrar que a música brasileira não é só isso que as estações de rádio e TV apresentam. Que ela é muito mais. Que além da diversidade de ritmos e melodias, é uma das mais belas e mais ricas do mundo.

A luta atual desse grande saxofonista é a busca de apoio dos órgãos competentes (secretarias municipais, estaduais, ministérios...) de Educação e Cultura, que lhe possibilitem levar às crianças e jovens do país esta música que a mídia comprometida com o capital, não divulga.

Simão pretende levar esse projeto às escolas, e a todos que se interessem em elevar o nível do gosto popular, para poder ser capaz de apreciar a riqueza dessa música.

Recentemente ele lançou o CD “ Frevo é Arte, Frevo é vida” com composições que parecem ter sido compostas e executadas por um verdadeiro pernambucano. Passamos a compreender isso a partir do instante em que conversando com ele constatamos o amor que tem à cultura e à arte da terra dos arrecifes.

Torço para que ele encontre apoio das autoridades, e consiga atingir seus objetivos que, no fundo, são os objetivos de todos nós que amamos a cultura e a arte do nosso país.

Lirio do Prado
Foto: Evaldo Gomes


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