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Educação e Desenvolvimento

Trabalha muito e produz pouco Ao contrário do que muitos dizem por aí, o brasileiro não é preguiçoso

19/08/2014



Ao contrário do que muitos dizem por aí, o brasileiro não é preguiçoso. Ele trabalha e muito. O problema é que ele trabalha mal e tem pouca escolaridade, por isso é pouco produtivo. Essa foi uma das conclusões sobre o trabalho no Brasil apresentada no Conarh 2014 – Congresso Nacional de Recursos Humanos em andamento entre os dias 18 e 21 de agosto em São Paulo. 

Com média de cinco anos de escolaridade contra 12 da maioria dos países desenvolvidos sem falar na qualidade do ensino aqui oferecida – o brasileiro acaba se tornando um trabalhador muito mais braçal do que estratégico, mesmo nas áreas administrativas. Em termos de produtividade o País é o 60º no ranking mundial. Se assim, com o trabalhador tão pouco produtivo, o Brasil se coloca como a 7ª economia do mundo, até onde o país poderia chegar se melhorasse a sua produtividade?

Essa afirmação vale, inclusive, para cargos administrativos e até gerenciais, tema que exploraremos em um artigo futuro. O brasileiro passa às vezes mais de 12 horas por dia fora de casa por conta do trabalho e do deslocamento – cruel – até ele, principalmente nos grandes centros. Com pouca educação e de má qualidade e enfrentando uma maratona para chegar ao seu local de trabalho, a cabeça do brasileiro funciona mal. Ele pode ser até criativo, mas quase sempre essa criatividade está descolada da realidade e se perde na hora da execução. A resistência de muitas empresas a horários alternativos e home office também influencia na baixa produtividade.

Sem dúvida que os itens acima têm grande interferência na qualidade do dia de trabalho do brasileiro, mas há outro elemento que interfere profundamente no resultado do seu trabalho: a cultura. Sem dúvida que a cultura brasileira – amigável, calorosa, receptiva – é altamente atrativa no convívio social. E pode ser desastrosa no ambiente de trabalho.

Contratação e gerenciamento

A começar pela contratação. Temos muito medo do desconhecido, de nos atirarmos no mercado, acreditando que ao contratar um amigo ou o amigo de um amigo estamos mais garantidos. Nem um pouco. A contratação de amigos esbarra em questões pessoais e o tratamento com esse profissional tende a ser flexível em excesso e os critérios técnicos também tendem a ser relaxados. O amigo do amigo pode ser ótimo para o amigo, mas será que é para a sua empresa? E ótimo em que? O seu amigo já trabalhou com ele ou o indica pelo convívio social?

Na tentativa de fazer um processo seletivo rápido e o mais barato possível, as avaliações são trocadas pelo contato social. Contato esse que rege o dia a dia da empresa e pode jogar a produtividade lá embaixo. Socializar faz parte do cotidiano da empresa no Brasil. Até demais.

Quantos e quantos minutos por dia – horas por semana e dias por mês - perdem-se no café, conversando com o colega da mesa ao lado ou arrumando aquele grupo enorme para ir almoçar junto. E quando não há essa socialização excessiva o profissional tende a ser colocado de lado e suas habilidades a não serem tão bem avaliadas. É importante lembrar que reduzir a socialização não quer dizer reduzir a educação e o respeito. Apenas cortar o desnecessário. Bate-papo fica para o fim de semana ou para o happy hour.

Outro item que atrapalha e muito a produtividade do profissional brasileiro é o pouco conhecimento de onde o seu trabalho está inserido. Quais as consequências da sua função dentro da empresa e o impacto das suas ações. Não conhecer o sistema em que está inserido limita a inovação eficaz.

O despreparo das lideranças é outro entrave na produtividade do brasileiro. A carreira em Y ainda é pouco levada em conta por muitas empresas, que acreditam que o melhor técnico é o melhor gerente.

Carreira em Y nada tem a ver com geração Y. A letra referente à carreira indica que, a partir de um determinado estágio de crescimento o profissional precisa optar se quer se tornar um super especialista técnico no que faz, ou crescer na área gerencial. Uma escolha não é melhor do que a outra, são apenas diferentes. Há aqueles que não querem e não têm a mínima habilidade para ser gerentes mas poderiam crescer cada vez mais como técnicos, tornando-se únicos em suas áreas. Mas ou são seduzidos pelo status do cargo ou a empresa não consegue enxergar a outra perna do Y como valiosa.

Colocar o bom técnico como gerente sem avalia-lo antes e muito menos treiná-lo em habilidades gerenciais é dar um tiro no pé (sim, gerenciar é aprendizado e tem técnica). Resultado: a produtividade tanto da equipe quanto dele tentem a cair.

A falta de habilidade em conduzir reuniões, aversão de boa parte dos brasileiros a planejamento (herança da associação ao governo militar), a avaliação posterior e a processos e a falta de metas claras também têm alto impacto na produtividade. O jeitinho que “quebra o galho” hoje mascara um problema futuro. Como esses itens atrapalham a produtividade do brasileiro e como esse problema pode ser revertido veremos na coluna da próxima quinzena.


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Karen Gimenez

Karen Gimenez  - jornalista pós-graduada em Estratégia Empresarial, Geógrafa e mestranda em Comunicação e Semiótica. Consultora nas área de Comunicação, Educação de adultos, Gerenciamento de Crises, Gestão e Desenvolvimento de Pessoas  Professora de pós-graduação da Unip.



Contatos: karen@karengimenez.com  www.karengimenez.com

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