TELEFONE E WHATSAPP 9 8266 8541 | Quem Somos | Anuncie Já | Fale Conosco              
sitedagranja
| Newsletter

ASSINE NOSSA
NEWSLETTER

Receba nosso informativo semanal


Aceito os termos do site.


| Anuncie | Notificações

Educação e Desenvolvimento

Amigos e negócios Tanto quando se tem uma pequena empresa como quando se trabalha em uma organização, independentemente do tamanho, as relações de amizade tornam-se um desafio nem sempre fácil de lidar

16/09/2014



Tanto quando se tem uma pequena empresa como quando se trabalha em uma organização, independentemente do tamanho, as relações de amizade tornam-se um desafio nem sempre fácil de lidar. Esse fenômeno é típico do Brasil e de alguns outros países latinos. A mistura entre as relações pessoais e profissionais pode levar a situações bastante constrangedoras por não sabermos separar. Ou quando sabemos, nos deparar com amigos que ainda não tem esse discernimento.

Em países como Estados Unidos esse “drama” é bem menor. Isso porque, aqui no Brasil temos a cultura protecionista de preservação do clã. Vamos começar pelas indicações. Boa parte das contratações no Brasil se dá por indicações. Ou seja, um grande profissional pode perder a possibilidade de se colocar em uma boa empresa simplesmente por não ser amigo de alguém que nela trabalhe. As indicações podem ser positivas desde que elas sejam feitas pela qualificação profissional. “Trabalhei com fulano e ele é muito competente, nisto e naquilo” é bem diferente de “vou lhe entregar o currículo do meu amigo".

Tenho por princípio evitar amigos na minha equipe, principalmente se forem subordinados a mim. Os motivos são basicamente dois: primeiro, não quero dúvidas – nem internas nem externas - na condução da relação. Segundo, não quero sombras nem reflexos do cotidiano do trabalho no fim de semana.

Tanto na contratação de funcionários quanto na de parceiros ou fornecedores, colocar o quesito amizade ou parentesco em primeiro lugar pode nos levar a: relevar demais na hora da escolha; perder tanto o foco quanto a objetividade; não terminar a relação quando for necessário; misturar questões pessoais e profissionais ou manter acordos verbais quando deveríamos documentar.

Por outro lado, todos têm amigos muito competentes com os quais seria prazeroso manter relações profissionais, seja pela qualidade do trabalho ou pela afinidade pessoal como diferencial. É possível e pode dar certo, desde que a ordem de prioridade não se inverta.

Maturidade das partes

Além disso, a maturidade das duas partes é fundamental, pois podemos nos deparar com situações constrangedoras, como a necessidade de um feedback negativo ou ter de contestar trabalho feito um dia antes de sermos padrinhos de casamento desse amigo. Ou ainda não podermos comentar sobre o dia a dia do trabalho na vida social porque um dos amigos é justamente nosso funcionário.

Outro momento delicado é na contratação de um fornecedor quando um estranho oferece muito mais qualidade e melhor preço do que um amigo. Afinal, amigo escolhemos pelo coração e não pelo currículo. E nem sempre dá para não comentar a contratação de um serviço, como por exemplo a reforma na casa quando se tem um amigo arquiteto.
Quando um companheiro de trabalho, parceiro ou fornecedor se torna amigo, contornar essas situações tende a ser mais fácil porque a relação teve início em outras bases. Em todos os casos a maturidade é muito importante, mas nem sempre a temos. Na nossa cultura prevalece a interpretação emocional dos fatos sobre a racional.

Se um amigo nos demite, nos dá bronca no trabalho, não nos contrata como fornecedor ou não nos indica para uma vaga de trabalho, tendemos a ficar magoados e a acreditar que a pessoa não é nossa amiga. Queremos ouvir o que ela pensa de nós desde que seja um diagnóstico positivo. Criamos mágoa pois não estamos preparados para ter uma conversa adulta sobre nossas relações e separar os assuntos.

Ainda cremos naquelas frases de post de facebook em que amigo é aquele que nos apoia em tudo. Será? Particularmente prefiro aquele que é sincero àquele que é político. Aquele que não me contrata e diz o motivo, àquele que me contrata mas fica se remoendo por dentro, enquanto o restante do escritório me isola ou é simpático comigo apenas porque sou amiga do chefe. Isso acontece porque confundimos a rejeição pessoal com a não escolha profissional. E cobramos por isso.

O bom é que esse não é um caminho sem volta. Podemos sim trabalhar e fazer negócios com amigos, desde que um requisito não interfira no outro.


Veja mais

MBA depois dos 40
Clientes em Home Office
Seu concorrente ?
Falando de resultados
Os desafios do Gerente
Detalhes que valem muito
Trabalho em casa
Experiência atrapalha?
Da Publicidade a Psicanalise
Meu chefe é muito novo
Empresário aos 40?
Liderar pelo exemplo
Instabilidade Profissional
Mudar de profissão
Oportunidades depois dos 40
Juniores X Seniores
Empresas que desmotivam
Atualização Profissional
Atualização Profissional
Atualização Profissional

 


Karen Gimenez

Karen Gimenez  - jornalista pós-graduada em Estratégia Empresarial, Geógrafa e mestranda em Comunicação e Semiótica. Consultora nas área de Comunicação, Educação de adultos, Gerenciamento de Crises, Gestão e Desenvolvimento de Pessoas  Professora de pós-graduação da Unip.



Contatos: karen@karengimenez.com  www.karengimenez.com

Pesquisar




X

































© SITE DA GRANJA. TELEFONE E WHATSAPP 9 8266 8541 INFO@GRANJAVIANA.COM.BR