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Agito Cultural

Uma História Maluca Era uma vez, por volta do ano de 1976, quando eu ainda tinha 19 anos de idade, que o amigo Cid Campos me apresentou ao compositor Péricles Cavalcanti

29/04/2010



Era uma vez, por volta do ano de 1976, quando eu ainda tinha 19 anos de idade, que o amigo Cid Campos me apresentou ao compositor Péricles Cavalcanti.

Naquela época Péricles já tinha uma bonita história dentro da MPB. Gal Costa já havia gravado 2 músicas suas: “Quem Nasceu”, do disco “Temporada de Verão”, e o “Céu e o Som” do disco “Cantar”, ambos de 74. Lembro que Péricles, muito amigo dos “Baianos” ( G.Gil, Caetano, Gal e outros ), morou em Londres quando os mesmos estavam exilados durante o regime de ditadura militar no Brasil. Outra música de sucesso do Péricles foi “Elegia”, em parceria com o poeta Augusto de Campos, gravada por Caetano Veloso em 79.
Felipe Avila - Guitar, Miguel Briamonte - teclado e Wilson Cortez - Baixo, tocando na estação São Bento do Metrô, com o Grupo "Casa 3" em 1979
Quando nos conhecemos, passávamos muito tempo tocando e fazendo um laboratório de pesquisas e improvisações. Eram horas e horas curtindo aquelas tardes de som. Fizemos alguns trabalhos juntos com a banda “Performática” - do artista plástico José Roberto Aguilar – foram várias apresentações, inclusive no MASP. Mais tarde, também toquei com Péricles acompanhando-o em vários de seus shows.

Um belo dia, Péricles chega em minha casa e diz: Gal me pediu para indicar um guitarrista para fazer os shows do próximo ano com ela e, indiquei você. Eu??? perguntei assustado!!!

Péricles, sempre teve muita admiração pelo meu trabalho, mas realmente eu não achava que estava pronto. Isso só podia ser coisa de amigo mesmo. Eu estava terminando o colegial e iniciando meus estudos na música, apesar de já tocar há muitos anos.

Bem, lá fui eu para o Rio de Janeiro com o amigo Luciano. Ele tinha um tio que morava lá e que poderia nos hospedar por alguns dias. Eu nunca tinha ido para o Rio e, nestas condições, era uma aventura e tanto. Tudo certo e combinado para ir na casa da Gal para um primeiro contato e talvez um ensaio, quando tive a “brilhante” idéia de dar um banho de óleo nos cabelos, pra ficar bonito.

Em algum lugar eu tinha lido ou me disseram que aquilo era bom demais, que ficava “lindo” etc...

Quando estava no banho, peguei uma lata de óleo de cozinha e mandei ver. Vou “arrasar” !!!

Quando sai do banho, meu amigo não acreditava no que estava vendo: Uma mistura de “Maga Patalógica” com um “Pasteleiro Chinês”. Era Bicho feio mesmo, “tá louco!”. Aquele cabelo que ficava preto e com aparência de molhado o tempo todo, e com aquele cheiro de pastel impregnado até a alma!

Quando chegamos na casa da Gal, os 2 cachorros da raça Waimaraner não paravam de me lamber. Ela teve que prender os bichos, não dava pra tocar. No dia seguinte, acho que foi o único dia da minha vida, que senti vontade de estar careca.

A “coisa”, foi passando e, com o tempo, tudo voltou ao normal.
Foto do Grupo "Sexo dos Anjos" em SP, Anhangabaú - AV: São João, em 1982. Guello, Felipe Avila (com a camiseta da "Fazendinha"), Luiz Brasil, Xico Carlos, Cid Campos e Padre
A oportunidade de estar com uma super cantora e músicos de muita qualidade, fizeram daquele momento, uma experiência inesquecível e uma das mais engraçadas. Vinícius Cantuária, hoje, compositor de muitos sucessos, era o baterista da banda. Nos encontramos algumas vezes para alguns ensaios e improvisações, para ver se “rolava” um clima, se tinha a ver eu estar lá e fazer parte daquele time. O profissionalismo, humildade e carinho que aquelas pessoas me receberam, é um aprendizado que tento carregar sempre comigo e também passar adiante.

Gal me disse que os shows começariam no meio do ano em Salvador, não havia teatro disponível antes disso. Putz! Eu precisava terminar o colegial naquele ano, senão achava que nunca mais voltaria a estudar. E, com os shows começando no meio do ano, eu não teria nem a opção de fazer um supletivo num semestre. Então, minha prioridade era terminar os estudos, percebi que eu não ficaria bem comigo mesmo, pois parar de estudar naquele momento, era o mesmo que ignorar todo o sacrifício que foi para minha mãe, viúva, educar os 5 filhos, e que para mim pagava os estudos particulares. Tive que deixar para o futuro uma outra oportunidade de tocar com a Gal. Ainda não toquei com a Gal, mas toquei com muitos outros artistas maravilhosos e sempre fiz uso dos estudos que recebi.

Agora, dizem que a gente não deve se arrepender de nada ... quem diz isso é por que não experimentou passar óleo nos cabelos rs.


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