03/11/2010
Nos próximos dias 21 e 22/11, Paul McCartney estará em São Paulo para fazer dois shows no estádio do Morumbi, há dezessete anos da última apresentação aqui no Brasil realizada no Maracanã, quando Paul levou ao estádio 180 mil pessoas: um recorde!
Para estes dois shows em SP a compra dos ingressos foi muito confusa e de difícil acesso. Mas, mesmo assim, todos os ingressos estão esgotados.
Paul McCartney foi, é e sempre será um “Beatle” e, não um EX-Beatle. Ele é um dos compositores mais gravados no mundo, um ídolo cuja história, com certeza, faz parte da vida de quase todas as pessoas do planeta.
Os “Beatles” aconteceram na década de 1960 e, por um curto período de tempo, fizeram shows pelo mundo. Naquela época, não haviam equipamentos de som com a potência e qualidade suficientes para se fazer shows em estádios. A “gritaria” dos fãs era imensa o que também impossibilitava os músicos de poderem se ouvir, afinar, tocar direito e poderem curtir de fato seus próprios shows. Então, eles passaram somente a gravar os LP´s (LP é a abreviatura de Long Play, como eram denominados os discos de vinil com gravação nos dois lados e músicas que variavam de 10 a 16 faixas). Quase todas as músicas viravam, instantaneamente, sucesso no mundo e todos os seus discos eram consumidos rapidamente.
Os Beatles grupo formado por Ringo Star, Paul McCartney, George Harrison e John Lennon, tinham um comportamento e uma irreverência que lhes eram peculiares e que influenciava uma larga faixa etária de jovens de distintas partes do mundo. Do visual – roupas, cabelo - à maneira de tocar e, em particular, o que eles falavam para a imprensa, repercutia fortemente no mundo e na maneira das pessoas viverem. Por outro lado, a qualidade, a originalidade e o arrojo das idéias na sua música, também soavam no mundo todo. Paul McCartney era muito bom instrumentista (e acho que ainda é) e influenciou, como ainda influencia até hoje, muitos baixistas na maneira de como tocar o baixo elétrico. Em muitas músicas dos Beatles, ele tocava como um músico de Jazz, fazendo uma verdadeira “Fusion” com o Rock.
São muitos e muitos músicos virtuosos e do cenário do jazz que gravaram músicas dos Beatles, incluindo George Benson, John Scofield e Mike Brecker. Do meu ponto de vista, por terem suas músicas melodias lindas e muito marcantes, permitem com alguns arranjos nas harmonias, ficarem mais “Jazzisticas” e são um “prato-cheio” para a diversão dos músicos de jazz. Na década de setenta, os quatro Beatles resolveram seguir carreiras solo. E, Paul McCartney continuou a produzir um rico material artístico, musical, que resultaram em inúmeros sucessos, muitas vezes, trabalhando em parceria com diversos e importantes artistas, como Steve Wonder, Michel Jackson, George Benson e Eric Clapton.
Paul MacCartney está fazendo 70 anos! Ele transmite muita Paz, alegria e música feita com amor.
Talvez esta seja uma última oportunidade de vê-lo aqui no Brasil. Claro que vale a pena e acredito que será emocionante para os que conseguiram um ingresso!
Eu tive a oportunidade de prestar a minha homenagem ao Quarteto de Liverpool (como os Beatles também foram denominados na mídia), com quem sempre tive grande afinidade e admiração, gravando o CD “Beatles Brasil”, um CD que preparei selecionando e arranjando uma série de doze músicas dos Beatles em ritmos brasileiros.