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Agito Cultural

Empresário ou Manager Quase todos os artistas, sejam humoristas, cantores (as), músicos, ou atores têm o seu trabalho negociado e vendido no mercado pelos chamados empresários, produtores ou manager

17/05/2007



Quase todos os artistas, sejam humoristas, cantores (as), músicos, ou atores têm o seu trabalho negociado e vendido no mercado pelos chamados empresários, produtores ou manager. Esta é uma atividade importante que muitos artistas não sabem como executar ou mesmo não querem ficar expostos num processo de venda de seus próprios shows. Os produtores negociam desde o cachê do artista e de toda equipe que o acompanha, até todos aqueles itens como hospedagem, transporte, alimentação, equipamentos, contrato, local da apresentação, etc.

Não é fácil assumir toda essa responsabilidade que envolve muitas pessoas, a lida com o dinheiro, segurança e o bem estar de todos os envolvidos. A credibilidade e ética são itens fundamentais nesta profissão que envolve riscos para ambos os lados: contratante e contratado. O presidente de um clube, por exemplo, que está comprando um show para uma determinada festa paga 50% do cachê do artista para efetivar a reserva e agenda do show. Depois de pago, o mesmo pode não ver o show realizado na data específica prometida pelo empresário. Por outro lado, o empresário que vendeu um show, também pode não receber do contratante ou receber e depois ter que administrar um cheque sem fundos. Neste caso, o empresário é responsável pelo pagamento de todos os profissionais contratados. Uma atitude que não é compartilhada por todos os profissionais desta área.

Claro que esses problemas não são um “privilégio” dessa classe, todas as pessoas que trabalham ou que tenham uma atividade qualquer, ou prestam serviços, estão sujeitos a estes desconfortos. Mas aqui, neste artigo, gostaria de dar algumas dicas para o músico (artista em geral) que está começando e que “fatalmente”, terá que aprender a lidar e a conviver com “eles” (rs). Vou contar alguns casos para ilustrar esse relacionamento.

Em alguns aeroportos é comum o passageiro pegar um ônibus que o leve até o avião para o embarque na aeronave. E, neste percurso, uma brincadeira sempre acontece entre os músicos com alguém que diz: “Ué! Eu pensava que íamos de avião!

Pois é, uma vez entramos numa Kombi achando que estávamos indo para o aeroporto e quando percebemos um caminho diferente (depois de algumas horas de viagem e a distração entre os músicos em função de vários assuntos e brincadeiras que acontecem) e que o aeroporto nunca chegava, perguntamos para o produtor: Nós não íamos de avião? Então ele responde com a maior naturalidade: “Íamos sim, mas aconteceram alguns imprevistos e vamos assim mesmo, fiquem tranqüilos, daqui umas 8 horas estaremos lá”. rs.

Esse tipo de surpresa te deixa sem a menor iniciativa (rs). Só com o tempo você aprende a ficar atento.

Às vezes ocorre de você combinar um determinado cachê para fazer um show, por exemplo, lá no Acre e no café da manhã do hotel, quando você pergunta para o empresário, só por curiosidade (rs), se está tudo certo, ele diz: “Veja bem, não é bem assim..., lá no Acre!!!” Sem a passagem de volta no bolso, todas as passagens ficam com o produtor, não dá pra arrumar confusão, né?

Mas, claro que temos no Brasil os empresários sérios, éticos e bons profissionais, com quem vale a pena trabalhar e vale a pena conhecer pois sempre a experiência é um prazer e é com alegria que se realiza qualquer trabalho nas condições apresentadas – estes não só pensam, como sabem que as pessoas que viajaram horas para fazer um trabalho, precisam comer, beber e dormir bem - o básico ou o mínimo - que o responsável tem que oferecer para quem deixou o conforto de sua casa para ir trabalhar para alguém.

Recentemente, um profissional fez alguns shows em Fortaleza (com uma cantora que também atua como produtora de shows) e lá em Fortaleza foi tudo bem, mas de volta a São Paulo, ele recebeu uma proposta indecorosa de cachê para fazer um show aqui em São Paulo que o mesmo recusou, claro! Então, ela falou pra ele: “Pô! Tudo bem, sei que este cachê não é tão bom (e era muito ruim mesmo – quase um desacato!), mas te levei pra Fortaleza na semana passada!”. Falava como se tivesse feito um favor de levar os músicos pra Fortaleza; como se viajar horas e horas, enfrentar longas esperas e translado em vans lotadas de gente e equipamento, como se trabalhar muito, dormir quase nada, fosse uma viagem de turismo (rs) ou uma curtição de viagem ganha de presente e não, uma viagem a trabalho longe de casa.

Mas, também temos o lado bom e gostoso das aventuras de estarmos na “estrada”. Tive a oportunidade de trabalhar com o Abelardo Figueiredo por, aproximadamente, 15 anos. Abelardo é um dos pioneiros da TV e do teatro brasileiro – um verdadeiro mestre na arte de produzir espetáculos, um profissional que dirigiu as casas de shows “Beco” e “Palladium” em São Paulo por muitos anos, tendo sido responsável direta ou participado do lançamento no mercado de inúmeros artistas, entre eles a Elis Regina. Abelardo é uma pessoa extremamente exigente com todos os profissionais com quem trabalhou e trabalha ao mesmo tempo em que é sempre super correto no que se refere ao que combina com o artista. Foi com ele que fiz minha primeira viagem internacional a trabalho para México e Cuba em 1988.

Com o Cid Campos (Compositor com quem gravei seus 2 CD´s) quando fomos para a Europa, em 2003, para fazermos alguns shows lembro que o trabalho de produção foi impecável com hotéis de qualidade, teatros, equipamentos e técnicos de primeiro mundo e, também, um cachê honesto. Assim, a performance do grupo atinge um alto nível de resultado, o ambiente de trabalho é ótimo, a vontade de tocar é enorme e o show um sucesso!

Então, a minha dica é a seguinte: é preciso, sim, reivindicar direitos e condições adequadas para fazer o trabalho de músico, pois isto vale para qualquer ambiente e classe profissional. E, mesmo que seja para um jovem que está começando na atividade artística é preciso pensar na sua segurança, saúde e bem-estar. Também é preciso, não só conquistar o respeito no ambiente de trabalho, mas principalmente, saber avaliar os bons profissionais com quem se pode trabalhar e confiar.


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