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Agito Cultural

Cômica Selvageria Hoje vou comentar algumas situações que acontecem no cotidiano do músico profissional e que retratam um mercado que se tornou de difícil definição: mercado “selvagem”, “competitivo”, “engraçado”, “invadido” ou… Convido cada leitor a fazer sua escolha

24/11/2005



Hoje vou comentar algumas situações que acontecem no cotidiano do músico profissional e que retratam um mercado que se tornou de difícil definição: mercado “selvagem”, “competitivo”, “engraçado”, “invadido” ou… Convido cada leitor a fazer sua escolha.
Quais são os espaços acessíveis ou disponíveis aos artistas que estão começando ou aos músicos que não têm espaço na mídia e que têm um trabalho de qualidade a ser mostrado?
Os grandes teatros e casas de shows são os lugares mais adequados para receber grandes públicos. Ao mesmo tempo em que são acessíveis apenas e somente aos “artistas” de fama e sucesso, em função dos seus altos custos, acabam se tornando inacessíveis à grande maioria dos artistas.
Bom lembrar que fama e sucesso nunca foram sinônimos de qualidade e cultura!
Os grandes patrocinadores, por sua vez e em geral, só financiam os artistas já consagrados, justamente aqueles que não precisam desse tipo de apoio. O artista de sucesso e fama tem dinheiro para investir em seus projetos. E, naturalmente, terá o retorno da produção de seus espetáculos em razão do grande público que irá prestigiá-lo.
Há mais ou menos dois meses, o Sandy, quer dizer, o Júnior foi eleito o melhor guitarrista do Brasil. Nada contra o trabalho dele e, também, ele não tem culpa. Uma “grande” empresa que patrocina muitos eventos contratou pessoas para elegerem os “melhores” de várias áreas artísticas.
Há os SESCs e alguns poucos centros culturais que são muito disputados, não só pela excelente qualidade do espaço, equipamentos e profissionais de apoio, mas também por tratarem o artista com respeito e valorizarem sua arte. Mas o circuito SESC e o circuito de centros culturais ainda são poucos e os artistas e projetos são muitos, gerando longas filas e muitos meses de espera.
Outros espaços são os bares e as casas noturnas com música ao vivo, que são em número limitado. Os proprietários até “compartilham” do couvert artístico e, de alguns anos para cá, descobriram o “karaokê”. Foi um desastre! Pagar músicos para quê? Os clientes dessas casas não só pagam como até fazem fila pra cantar…
E não pára aí. Estes espaços estão abertos aos engenheiros, médicos, dentistas, economistas, executivos, e muitos outros que têm o “dom” da música. Estes profissionais formam bandas amadoras, pois tocar é muito relaxante e alivia o estresse da profissão. São pessoas que, na sua maioria, nunca estudaram música na vida (não vão e nem querem) e que com este “certo dom” e em função de fazerem sucesso em casa, vão ocupando nas casas e bares da cidade o espaço dos verdadeiros músicos. Para eles, que não vivem disso, qualquer cachê serve, pois não dependem deste “trabalho” que para eles é só lazer. E isso inflaciona demais o mercado, criando uma dificuldade enorme para que os profissionais da música sejam valorizados, respeitados e, de forma justa e coerente, possam negociar seu cachê.
É verdade que em outras áreas profissionais também ocorrem situações similares: muitos médicos e engenheiros estão administrando empresas por aí. Poucos o fazem bem, visto que não estudaram para isso. Mas pelo menos estudaram alguma coisa.
Você faria uma cirurgia com quem tem o “dom” da medicina, mas que nunca fez o curso? Uma pessoa qualquer não pode sair por aí fazendo cirurgias sem ter estudado vários anos, sem ter a licenciatura ou o diploma da faculdade e muito menos sem ser reconhecido como habilitado ao desempenho da profissão pelos Conselhos das diferentes categorias. Para isso existem a OAB, o CRM, o CREA, o CRO, CRP etc.
Muitos advogados, médicos e executivos, no entanto, “tocam” na noite em bares porque têm o “dom” da música.
Ah!!! A “carteirinha” de músico qualquer um pode ter. É só pagar o sindicato e a OMB (Ordem dos Músicos do Brasil, entidade que não é dirigida por um artista ou músico). Aliás, o presidente da OMB foi “colocado” lá há 40 anos, na época da ditadura, e não saiu mais.
Um detalhe: para quem não sabe música, vem escrito na carteirinha “Reprovado pela banca examinadora”. Mas, tendo a carteirinha de reprovado, no caso de um fiscal abordar o “músico”, tá tudo certo!


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